FONTE: Gretchen Reynolds, The New York Times (boaforma.uol.com.br).
Você tem boas razões
para acreditar que a fórmula clássica da frequência cardíaca máxima – 220 menos
a idade da pessoa – seja fundamentada por um conjunto de dados confiável e
extenso, já que ela é tão amplamente aplicada por técnicos, atletas e médicos,
além de ser usada como base para uma série de pôsteres pendurados nas academias
locais. Entretanto, na verdade, a fórmula perdeu boa parte do crédito nos
últimos anos.
Originalmente criada
por meio da compilação de dados de estudos sobre saúde cardíaca entre homens
adultos, realizados nos anos 1960 e 70, a fórmula foi uma simplificação
tremenda das descobertas desses estudos, afirmou Ulrik Wisloff, diretor do
Centro K.G. Jebsen de Exercícios em Medicina, da Universidade Norueguesa de
Ciência e Tecnologia, em Trondheim, que realizou, recentemente, um novo estudo
sobre o cálculo da frequência cardíaca. Desde o início, a fórmula não era
perfeitamente correta para quase ninguém, afirmou, mas sua simplicidade era
bastante atraente.
Entretanto, quanto
mais os pesquisadores estudam o problema, menos confiável se mostra a fórmula.
Um estudo de larga escala realizado com mulheres em 2010, por exemplo, concluiu
que o número correto seria 206 menos 88% da idade da mulher, ao passo que
diversos estudos com adultos mais velhos, estudantes universitários,
adolescentes e crianças concluíram que a fórmula também estava errada para
eles.
"A fórmula
tradicional pode subestimar a frequência cardíaca máxima em até 40 batidas por
minuto no caso dos idosos", afirmou Wisloff, "E já começa a ser
imprecisa aos 30 ou 40 anos de idade".
Ao invés disso, de acordo
com os exames realizados por seu grupo junto a 3.320 homens e mulheres com
idades entre 19 e 89 anos, que participaram de uma pesquisa de amplo alcance
sobre a saúde na Noruega, uma fórmula mais precisa para ambos os sexos seria
algo em torno de 211 menos 64% da idade. Se o seu cérebro está dando piruetas
para fazer as contas e determinar a frequência cardíaca máxima com esses
números, o laboratório de Wisloff postou uma calculadora simples na internet.
Lembre-se de que
saber qual é sua frequência cardíaca máxima "não é necessário para
realizar sessões de treinamento mais eficazes; porém, muitas pessoas acham isso
motivador, especialmente quando a fórmula está correta", apontou Wisloff.
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