sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CERVEJEIROS CRIAM BEBIDA À BASE DE FORMIGA E ATRAEM NOVOS CLIENTES...

FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.

Cervejas artesanais e com sabores inovadores estão em alta. Mas a versão que leva formiga saúva, tucupi negro e figo em calda pode causar reações diversas no consumidor: espanto, curiosidade e até repulsa. Criada no final de 2013 pelos donos da Lamas Bier, pelo médico Marcelo Cury e pelo dono do Empório Sagarana, Paulo Leite, a bebida inusitada, apresentada na feira gastronômica O Mercado, atraiu interessados no processo de fabricação da cerveja.

Fundada por cinco amigos – quatro físicos e um economista – em setembro de 2011, a Lamas Bier vende produtos para consumidores que gostam de fazer a própria cerveja, fornecendo matérias-prima, equipamentos e até livros sobre esta ciência. A turma, uma confraria conhecida no meio cervejeiro, se conheceu graças à paixão pela bebida e teve a ideia de criar uma loja nos moldes das que encontraram nos Estados Unidos, diante da falta de opções de insumos e máquinas do mercado nacional.
“Fizemos do nosso hobby o nosso trabalho”, conta Alessandro Morais, economista e um dos sócios do negócio. O investimento inicial foi próprio e custou para os empresários cerca de R$ 180 mil.
“Uma das ideias é justamente mostrar que fazer cerveja em casa é um processo simples. Nossa ideia é desmitificar todo esse processo”, conta Morais.
Hoje, a empresa tem duas lojas físicas, uma em Campinas e outra na cidade de São Paulo; no final de março, será aberta uma unidade em Belo Horizonte. A Lamas Bier também tem um site de vendas chamado Lamas Brew Shop. Até o final do ano, mais dois estabelecimentos começarão a funcionar.
Como não é possível estar em dois lugares ao mesmo tempo, Alessandro Morais conta que a loja da capital mineira terá um sócio local, alguém do círculo de amizade dos donos da empresa, para gerenciar a unidade.
Em 2013, o faturamento apurado da empresa foi de R$ 2,5 milhões. A previsão para 2014 é de R$ 4,2 milhões. Para 2015, com a abertura de novas lojas, a projeção é ainda mais otimista: R$ 5,6 milhões.
Cerveja para todos.
Segundo o economista e empresário, o grande desafio de uma empresa que atende a um nicho de mercado é atingir o público mais leigo, com pouco ou nenhum conhecimento sobre a produção de cerveja, mas com vontade de aprender.
Com a criação da bebida à base de formiga saúva, Morais diz que a ideia é mostrar que qualquer um consegue fazer cerveja da forma que quiser. Para ajudar os interessados, os sócios ministram cursos sobre como produzir artesanalmente o líquido de lúpulo e cevada, com a inclusão de ingredientes inusitados, testando sabores.

Sobre a cerveja de saúva – que recebeu o nome de Saison Saúva –, Alessandro Morais conta que não é possível comercializá-la, pois o Ministério da Agricultura e a Anvisa não permitem que haja ingredientes animais na receita da bebida. Entretanto, o vídeo que ensina como produzir a bebida está disponível na internet.

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