FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni,
sancionou na segunda-feira (24) a controvérsia lei anti-gay que pune
severamente a homossexualidade no país, dizendo que a medida é necessária para
deter o que ele chama de “Imperialismo social” do ocidente para a promoção da
homossexualidade na África.
Museveni assinou a lei em sua residência
oficial durante evento testemunhado por oficiais do governo, jornalistas e um
time de cientistas ugandenses – cujo relatório conclui que não há nenhuma base
genética comprovada para a homossexualidade – citada pela autoridade ao aprovar
a lei.
“Nós, africanos, nunca procuramos impor
nosso ponto de vista sobre os outros. Eles poderiam nos deixar em paz”, ele
disse, falando sobre a pressão ocidental para não assinar a medida. “Nós temos
ficado desapontados por muito tempo pela conduta do Ocidente. Existe agora uma
tentativa de imperialismo social”.
Sem citar nomes, o presidente acusou
“arrogantes e negligentes grupos ocidentais” de tentarem recrutar as crianças
de Uganda a homossexualidade, instigando a pressão local sobre a lei. Um
porta-voz do governo disse que, com a medida, o presidente reafirmou a
"independência de Uganda em relação à pressão ocidental".
A nova lei sentencia réus-primários a 14
anos de prisão, com chance de prisão perpétua como pena máxima por atos de
"homossexualidade agravada", que abrange tanto a prática sexual entre
adultos do mesmo sexo quanto por menores de idade, deficientes físicos ou ainda
por um parceiro infectado pelo vírus HIV.
A medida já havia sido aprovada pelo
parlamento do país no último dia 20 de dezembro.
"Muito
assustado".
Um ativista dos direitos gays de Uganda
disse estar “muito assustado” com a aprovação da medida.
“Eu não vou nem trabalhar hoje
(segunda-feira). Estou trancado dentro de casa. Não sei o que irá acontecer
agora. Estou falando com todos os ativistas ao telephone. E é a mesma coisa:
todos estão trancados em suas casas. Eles não podem se mover. Eles estão
olhando para ver o que acontecerá”, afirmou à BBC.
Defensores dos direitos humanos e governos
ocidentais, especialmente os Estados Unidos, criticaram a lei.
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