FONTE: , em Washington (noticias.uol.com.br).
Apesar das inúmeras
vantagens, a camisinha quase sempre é mal vista pelos casais, mas isso está
para mudar após a invenção de três pesquisadores do Instituto de Tecnologia da
Geórgia, nos Estados Unidos, que criaram uma espécie de preservativo que gera
pequenos impulsos elétricos para provocar maior prazer.
Criado por alunos de doutorado
do instituto, o objetivo do brinquedo erótico é desenvolver uma tecnologia
sexual que permita às pessoas imitarem os desenhos de seus próprios brinquedos
ou construir novos. Além disso, eles acreditam que a inovação irá ajudar a
diminuir a quantidade de pessoas que evitam preservativos.
Chamado de "The
Electric Eel", ou "A Enguia Elétrica", em português, Andrew
Quitmeyer, um dos criadores, contou nesta quarta-feira (26) à Agência Efe, que
o protótipo, que a primeira vista parece uma meia, é formado por um tecido
condutor colocado no pênis e preso com um velcro. O produto possui um
microcontrolador e, uma vez carregado, pode ser colocado na roupa, passando a
enviar curtos impulsos elétricos de baixa intensidade, e estimulando a região.
Não substitui
a camisinha.
Os criadores o
definem como um "conceito de preservativo" digital de código aberto
para melhorar o prazer sexual, embora ressaltem que não evita a transmissão de
doenças sexualmente transmissíveis ou a gravidez.
"Não prevenirá
doença, mas pode nos ajudar a desenvolver preservativos reais com
eletrodos", acredita Quitmeyer.
Segundo ele, o
dispositivo é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates. A organização
realizou o projeto "Grandes Desafios para a Saúde Global", no qual
premiou as melhores invenções da "Nova Geração de Camisinhas".
A instituição custeou
as criações de 13 finalistas em novembro do ano passado para desenvolver seus
projetos, que têm sempre o mesmo objetivo: descobrir uma maneira de tornar os
preservativos mais agradáveis e mais fácies de usar.
Após duas semanas de
trabalho na "Enguia Elétrica", os pesquisadores garantem que a
efetividade e segurança foram comprovadas por eles mesmos, e garantem que o uso
é prazeroso.
"Este é apenas
um dos muitos desenhos que estamos fazendo para nossa companhia, a Comingle.io
", diz Quitmeyer.
"Faça
você mesmo".
Ele, Firaz Peer e
Paul Clifton, que também participam da criação, fundaram a empresa, e já
começaram a comercializar o dispositivo no site. O brinquedo sexual custa US$ 350 (cerca de R$ 820), e,
com a venda, o trio espera arrecadar fundos para garantir a continuidade da
companhia.
"Nosso objetivo
final é criar brinquedos eróticos de código aberto para que as pessoas possam
construir elas mesmas", revela Quitmeyer.
Ele explica que o
site se baseia na filosofia "DIY" ("Faça você mesmo")
aplicada à tecnologia sexual. Para isso, eles compartilharão os códigos dos
desenhos e proporcionarão as peças necessárias para construir os brinquedos
eróticos ou criar novos.
Por enquanto, eles
ainda estão em fase inicial de pesquisa e desenvolvimento, mas anunciam que,
assim que conseguirem mais financiamento, partirão para "objetivos
maiores".
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