A alegria é contagiosa. Os pesquisadores do
Estudo do Coração de Framingham, que investigaram a propagação da felicidade ao
longo de 20 anos, descobriram que aqueles que estão cercados por pessoas
felizes “têm chance maior de felicidade no futuro”. É um motivo mais que
suficiente para se livrar dos amigos depressivos e passar mais tempo com gente
otimista.
2.
Elas não sorriem sem motivo.
Mesmo
que você não se sinta tão disposto, cultivar pensamentos felizes – e sorrir por
causa deles – pode contribuir para sua felicidade e fazer de você uma pessoa
mais produtiva, de acordo com um estudo publicado no Academy of Management
Journal. É importante sorrir genuinamente: o estudo revelou que fingir um
sorriso quando suas emoções, na verdade, são negativas pode piorar seu humor,
em vez de melhorá-lo.
3.
Elas têm o poder de se recuperar.
De
acordo com o psicólogo Peter Kramer, o oposto da depressão não é a felicidade,
mas sim a resiliência, ou seja, a capacidade de se recuperar. Pessoas felizes
sabem se levantar depois de um fracasso. A resiliência é como uma camada de
espuma amortecedora para as inevitáveis dificuldades que nós humanos vamos
enfrentar. Como diz o provérbio japonês: “Caia sete vezes e levante oito”.
4.
Elas tentam ser felizes.
Isso
mesmo – é simples assim: simplesmente tentar ser feliz pode melhorar seu
bem-estar emocional, de acordo com dois estudos recém-publicados no Journal of
Positive Psychology. Aqueles que tentam ativamente se sentir felizes relatam os
maiores níveis de humor positivo, uma defesa do argumento que diz que você pode
ser feliz se tiver pensamentos felizes.
5.
Elas estão atentos às coisas boas.
É
importante comemorar as grandes conquistas, aquelas que exigem muito esforço,
mas as pessoas felizes também dão atenção às vitórias menores. “Quando
prestamos atenção às coisas que dão certo, temos várias recompensas ao longo do
dia”, disse Susan Weinschenk ao Huffington Post. “Isso ajuda a melhorar nosso
humor.” E, como explica Frank Ghinassi, estar atento às coisas que dão certo
(mesmo que seja simplesmente o fato de terem servido o café como você gosta)
ajuda a ter uma sensação de conquista ao longo do dia.
6.
Elas apreciam os pequenos prazeres.
Um
sorvete de casquinha com uma espiral perfeita. Um cachorro feliz da vida. As
pessoas felizes conseguem apreciar esse tipo de prazer cotidiano. Encontrar
sentido nas pequenas coisas e serem gratos por tudo o que eles de fato têm, por
acharem que está associado à ideia geral de felicidade.
7.
Elas dedicam parte de seu tempo para doações.
Mesmo
que o dia tenha só 24 horas, pessoas positivas usam parte desse tempo para
fazer bem a outras, o que, em contrapartida, faz bem a elas mesmas. Uma
pesquisa de longo prazo chamada American’s Changing Lives encontrou vários benefícios
ligados ao altruísmo: “O trabalho voluntário faz bem para a saúde física e
mental. Pessoas de todas as idades que fazem trabalho voluntário são mais
felizes e têm saúde melhor e menos depressão”, relatou Peggy Thoits, líder de
um dos estudos.
Essas
pessoas também experimentam o que os pesquisadores chamam de “o barato de
ajudar”, um estado eufórico observado nas pessoas envolvidas em atos de
caridade. “É um ‘barato’ literal, como aquele induzido por drogas”, escreve
Christine L. Carter. “O ato de fazer uma doação financeira ativa o centro de
recompensas no nosso cérebro responsável pela euforia mediada pela dopamina.”
8.
Elas se permitem perder a noção do tempo (e às vezes sem querer).
Quando
você está imerso numa atividade que é ao mesmo tempo desafiadora, revigorante e
significativa, você está experimentando um estado mental chamado de “fluidez”.
Pessoas felizes buscam esse “entusiasmo” ou “empolgação”, o que diminui a
inibição e promove sensações associadas ao sucesso. Como explicado em Pursuit-of-happiness.org,
“para que haja ‘fluidez’ é preciso encarar a atividade como voluntária e
prazerosa (intrinsicamente motivadora), e ela também tem de exigir habilidade e
ser desafiadora (mas não muito), com um objetivo final claro”.
9.
Elas trocam o bate-papo por conversas mais profundas.
Nada
errado com aquele papo de vez em quando, mas sentar para conversar sobre as
coisas que importam é importante para curtir a vida. Um estudo publicado na
Psychological Science revelou que aqueles que conversam profundamente em vez de
ficar batendo papo se sentem mais satisfeitos.
“Queria
ter tido a coragem de dizer o que sentia” é um dos cinco principais
arrependimento de quem está morrendo – um sentimento que indica que talvez
desejemos ter passado menos tempo falando da chuva e mais tempo falando do que
realmente nos toca.
10.
Elas gastam dinheiro com outras pessoas.
Talvez
o dinheiro compre felicidade. Um estudo publicado na Science apontou que
investir o dinheiro em outras pessoas tem mais impacto na felicidade que gastar
consigo mesmo.
11.
Elas fazem questão de ouvir.
“Ouvir
desenvolve a capacidade de absorver conhecimento em vez de bloquear o mundo com
suas próprias palavras ou sua mente distraída”, escreve David Mezzapelle, autor
de Contagious Optimism (otimismo contagioso, em tradução livre). “Você também
demonstra confiança e respeito pelos outros. Conhecimento e confiança são
provas de que você é seguro e positivo e, portanto, irradia energia positiva.”
Saber ouvir é uma qualidade que reforça os relacionamentos e leva a
experiências mais satisfatórias. Um bom ouvinte pode sair de uma conversa
sentindo que sua presença serviu para alguma coisa, uma experiência que está
relacionada ao bem-estar.
12.
Elas preferem conexões pessoais.
Mandar
um SMS ou uma mensagem de Facebook para seus amigos é rápido e conveniente. Mas
gastar dinheiro numa passagem para ver sua pessoa predileta do outro lado do
país tem peso quando se trata do seu bem-estar. “Há uma necessidade profunda do
senso de ‘participação’ que vem das interações pessoais com amigos”, diz John
Cacciopo, diretor do Centro de Neurociência Social e Cognitiva da Universidade
de Chicago. As mídias sociais, por mais que nos mantenham em contato, não nos
permitem o contato físico, o que ajuda a controlar a ansiedade.
13.
Elas olham para o lado bom.
O
otimismo melhora a sua saúde de várias maneiras, incluindo a redução do
estresse, a tolerância à dor e a longevidade para aqueles com problemas de
coração. Se você escolher olhar para o lado bom das coisas, também estará
escolhendo a saúde e a felicidade.
Seligman
resumiu o que talvez seja a principal característica dos otimistas em seu livro
mais elogiado, Learned Optimism (aprendendo o otimismo, em tradução livre):
A
característica que define os pessimistas é que eles tendem a acreditar que as
coisas ruins vão durar muito tempo, vão minar tudo aquilo que eles fazem, e é
tudo culpa deles. Os otimistas, quando confrontados com os mesmos problemas,
pensam da maneira oposta. Eles tendem a acreditar que a derrota é só um
retrocesso temporário e que as causas estão confinadas àquele caso em
particular. O otimista acredita que a derrota não é culpa sua: as
circunstâncias, o azar ou outras pessoas têm culpa. Essas pessoas não se abalam
com derrotas. Confrontadas com problemas, elas os encaram como desafios e
tentam de novo, com mais empenho.
14.
Elas gostam de uma boa seleção musical.
A
música tem poder. Tanto que ela pode se comparar às massagens no quesito
reduzir ansiedade. Em um período de três meses, o Instituto de Pesquisa de
Saúde Grupal descobriu que pacientes que simplesmente ouviam música tinham uma
redução nos níveis de ansiedade iguais àqueles que recebiam dez massagens de
uma hora. Escolher as músicas certas é um fator importante, entretanto. Músicas
tristes ou felizes podem afetar como vemos o mundo. Em um experimento, os
participantes tinham de identificar rostos tristes ou felizes enquanto ouviam
música, e eram grandes as chances de que eles escolhessem rostos que
combinassem com a música.
15.
Elas se desplugam.
Seja
meditando, respirando fundo longe do computador ou deliberadamente se
desconectando dos eletrônicos, desligar-se do nosso mundo hiperconectado tem
vantagens comprovadas no que diz respeito à felicidade. Falar ao celular pode
aumentar sua pressão arterial e seu nível de estresse. Ficar horas a fio diante
de uma tela está ligado à depressão e à fadiga. A tecnologia não vai
desaparecer, mas uma desintoxicação digital dá ao seu cérebro a oportunidade de
se recuperar e se recarregar– e, mais que isso, isso pode aumentar sua
resiliência.
16.
Elas olham para o lado espiritual.
Estudos
apontam uma ligação entre práticas religiosas e espirituais e jovialidade. Para
começar, hábitos importantes para a felicidade costumam ser valorizados na
maior parte das convenções espirituais: expressar gratidão, compaixão e
caridade. E fazer as perguntas que importam ajuda a dar contexto e significado
para as nossas vidas. Um estudo de 2009 aponta que crianças que achavam que
suas vidas tinham um propósito (promovido por conexões espirituais) eram mais
felizes.
A
espiritualidade oferece aquilo a que o sociólogo Émile Durkheim se referiu como
“tempo sagrado”, um ritual de desconexão que leva a momentos de reflexão e
calma. Como escreve Ellen L. Idler em The Psychological and Physical Benefits
of Spiritual/Religious Practices (os benefícios psicológicos e físicos das
práticas espirituais/religiosas, em tradução livre):
O
tempo sagrado significa um tempo longe do “tempo profano” no qual levamos a
maior parte das nossas vidas. Um período diário de meditação, a prática semanal
de acender as velas do shabat, ou ir a cultos ou missas, ou um retiro anual num
lugar isolado, quieto e solitário: todos são exemplos de garantir um tempo
longe da correria das nossas vidas cotidianas. Períodos de descanso e folga do
trabalho e das demandas do dia a dia ajudam a reduzir o estresse, fator
primordial nas doenças crônicas que ainda são a principal causa de morte na
sociedade ocidental. Experiências transcedentais religiosas e espirituais têm
efeito positivo, restaurador e curativo, especialmente se são “embutidas”, por
assim dizer, no nosso ciclo de vida diário, semanal, sazonal e anual.
17.
Elas priorizam o exercício.
Um
sábio, mas fictício, estudante da Faculdade de Direito de Harvard disse certa
vez: “Exercício gera endorfinas. Endorfinas te fazem feliz.” Já se demonstrou
que as endorfinas aliviam sintomas de depressão, ansiedade e estresse, graças
aos vários químicos cerebrais que são liberados para amplificar as sensações de
felicidade e relaxamento. Além disso, um estudo publicado pelo Journal of
Health Psychology indica que o exercício melhora a percepção que as pessoas têm
do próprio corpo – mesmo que elas não tenham perdido peso ou tido qualquer tipo
de melhora aparente.
18.
Elas gostam do ar livre.
Quer
se sentir vivo? Uma dose de 20 minutos de ar fresco significa uma sensação de
vitalidade, segundo vários estudos publicados no Journal of Environmental
Psychology. “A natureza é o combustível da alma”, diz Richard Ryan, autor
principal de vários dos estudos. “Quando nos sentimos com pouca energia muitas
vezes tomamos um café, mas as pesquisas sugerem que o contato com a natureza é
muito mais eficaz.” E, mesmo que todo mundo prefira o café quente, é melhor
tomar nossa dose de ar livre em temperatura morna: um estudo sobre o clima e a
felicidade indicou que a temperatura ótima para a felicidade é 13,8 graus.
19.
Elas passam tempo na cama.
Acordar
com o pé esquerdo não é um mito. Quando faltam horas de sono, provavelmente
falta também clareza e sobram bom humor e decisões erradas. “Uma boa noite de
sono pode ajudar e muito a reduzir a ansiedade”, disse Raymond Jean, diretor de
medicina do sono e diretor-associado de cuidados críticos do hospital
St-Luke’s-Roosevelt, ao Health.com. “Um bom sono traz estabilidade emocional.”
20.
Elas gargalham.
Você
já ouviu essa: a gargalhada é o melhor remédio. Se você estiver tristonho, pode
ser verdade. Uma boa risada libera químicos no cérebro que, além de dar aquele
barato, nos preparam melhor para tolerar a dor e o estresse. E você pode até
trocar um dia na academia por uma sessão de piadas (talvez). “A resposta do
corpo a repetidas risadas é similar à dos exercícios”, diz Lee Berk, líder de
um estudo de 2010 focado no efeito das risadas no corpo. O mesmo estudo aponta
que certos benefícios dos exercícios, como um sistema imune saudável, apetite
controlado e bons índices de colesterol, podem ser alcançados com gargalhadas.
21.
Elas dão passadas largas.
Já
reparou quando alguns amigos estão andando nas nuvens? Tem tudo a ver com a
caminhada, segundo uma pesquisa conduzida por Sara Snodgrass, uma psicóloga da
Florida Atlantic University. No experimento, Snodgrass pediu que os
participantes do estudo caminhassem por três minutos. Metade deles tinha de dar
passadas longas, mexendo os braços e mantendo a cabeça levantada. Eles relataram
estar mais felizes depois do passeio que o outro grupo, que deu passadas
curtas, olhando para o chão.
FONTE: http://qga.com.br/ciencia/2014/03/21-habitos-das-pessoas-extremamente-felizes
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