terça-feira, 12 de agosto de 2014

BAHIA TEM 1,3 MILHÃO DE HIPERTENSOS...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.

Cerca de  35% da população baiana com idade acima de 40 anos tem hipertensão arterial, o que corresponde a cerca de 1,3 milhão de hipertensos. Os dados são da  Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e por ser uma doença silenciosa se tornou uma grande preocupação de profissionais de saúde.

Para discutir o assunto Salvador será sede do XXII Congresso Brasileiro de Hipertensão e o XX Congresso da Sociedade Interamericana de Hipertensão (ISH), de amanhã (13)  a sábado (16), no Pestana Bahia Hotel, no Rio Vermelho, aberto não só a médicos como a todos profissionais de saúde.

O evento reúne os mais renomados especialistas do mundo para discussão e apresentação de avanços no tratamento da hipertensão arterial, cujas pesquisas comprovam também que a população dos 55 aos 64 anos, 51,6% têm a pressão arterial elevada, e com 65 anos ou mais, o percentual chega a 60,6%.

Somente no estado foram registradas 6.274 mortes por doenças do aparelho circulatório no ano passado, dados colhidos até o mês de outubro. Dentre estes registros, 649 foram por hipertensão. Um levantamento,  feito pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab) do Ministério da Saúde, revelou que dos 964.045 casos de hipertensos no estado da Bahia, no ano passado,  430 representam crianças de 0 a 14 anos.
Atualmente, a hipertensão atinge em média de 30% da população brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil, é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
No mundo, de acordo com a OMS, cerca de 9,4 milhões de pessoas morrem a cada ano e 1,5 bilhão, adoecem por causa da pressão alta. As graves consequências da doença podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento. Quase 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na Atenção Básica.

Fatores de risco.
A presidente do XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão, cardiologista Lucélia Magalhães, afirma que as causas  principais da doença são: sedentarismo, estresse, obesidade ou gens familiares. “ doença é muito silenciosa, a maioria não sente os sintomas. As pessoas têm que medir a pressão com freqüência, se tiver alterada devem procurar um acompanhamento médico”.
Os sintomas podem ser percebidos nas etapas avançadas da doença, segundo a médica que podem ser dor de cabeça, insônia, desconforto no tórax. E o controle da hipertensão deve ser feito através de medicação diária “que tem que ser tomada de forma regular, senão o paciente estará colocando em risco os órgãos nobres: cérebro, coração e rins”, alertou Magalhães.
As conseqüência são muito sérias caso o indivíduo não tente controlar da pressão arterial através de medicação e do modo de vida porque poderá ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto no miocárdio, aneurisma da aorta e morte súbita, adverte a cardiologista.
Além da medicação que deve ser administrada diariamente, as pessoas hipertensas devem procurar fazer uso de “alimentação rica em frutas, verduras, evitar alimentos enlatados e comidas salgadas e praticar exercícios”, aconselha a especialista.

A médica revela que está preocupada com o alto índice de crianças e adolescentes hipertensos,  só no ano passado 430 crianças de zero a 14 anos . “Atualmente tem crescido o número de crianças e adolescentes com hipertensão, devido à obesidade, sedentarismo e o excesso de comidas industriais”, lamentou.

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