FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Nos Estados Unidos, cerca de 10 milhões de adultos têm osteoporose e
outros 34 milhões têm osteopenia (baixa densidade óssea), o que os coloca em
risco de desenvolver a doença.
De acordo com um relatório do escritório
do Surgeon General's office, em 2020, metade dos americanos, acima de 50
anos, poderá estar em risco de desenvolver a doença. Por lá, 70% das pessoas
com osteoporose são mulheres.
No Brasil, os dados são
parecidos, com cerca de 10 milhões de pessoas com a doença, a maioria também é
do sexo feminino. Por aqui, os levantamentos apontam que 20% dos brasileiros
correm o risco de desenvolver osteoporose nos próximos anos.
“Quando levamos em conta apenas o
gênero, os homens levam uma
vantagem em relação à osteoporose: contam com uma maior densidade óssea durante
boa parte da vida e perdem cálcio em um ritmo mais lento do que as mulheres, já
que a menopausa é mais precoce que a andropausa. No entanto, é preciso ser
vigilante e saber que os homens mais idosos apresentam riscos reais para a
osteoporose”, alerta o ortopedista Caio Gonçalves de Souza, médico do Hospital
das Clínicas de São Paulo.
Nas mulheres, eventos associados com deficiências de estrogênio são os principais
fatores de risco para a osteoporose.
Dentre estes eventos, destacam-se:
-- A menopausa: cerca de cinco anos após a
menopausa, o risco de fratura aumenta dramaticamente. As fraturas no punho ou
na coluna são as mais prováveis de ocorrer neste período. Sua ocorrência é um
indicador que a paciente está com osteoporose, independente dos resultados da
densitometria óssea. Pior, estas fraturas indicam que futuramente a paciente
pode sofrer uma perigosa fratura do quadril.
-- A remoção cirúrgica dos ovários, o que levará
a alterações hormonais
-- Nunca ter tido filhos
-- Anorexia nervosa: o peso corporal
extremamente baixo pode afetar a produção de estrogênio.
“Nos homens, baixos níveis de testosterona
aumentam o risco de osteoporose. Certas condições médicas (hipogonadismo) e
tratamentos (câncer de próstata com privação de andrógenos) podem causar
deficiências de testosterona. Porém, isto é menos frequente de ocorrer na
população em geral que a menopausa, por exemplo. Daí o fato de observamos mais
osteoporose em mulheres que em homens”, explica o ortopedista.
Além do gênero, a idade avançada – o
envelhecimento provoca uma perda natural de massa nos ossos – e a
etnia – todos os grupos étnicos são suscetíveis a desenvolver
osteoporose, no entanto, caucasianos e asiáticos apresentam um risco
comparativamente maior – também são fatores de risco fixos para a doença. “A
história familiar pesa muito também: pessoas cujos pais apresentam um histórico
de fraturas podem ser mais propensas a ter fraturas”, diz Caio G. Souza.
Fatores de risco em
crianças e adolescentes.
A densidade máxima óssea, alcançada um pouco
depois do final do crescimento, é um fator importante para sabermos quando uma
pessoa poderá desenvolver osteoporose.
Pessoas, geralmente mulheres, que desenvolvem
um baixo pico de massa óssea estão com um alto risco de desenvolver osteoporose
precoce.
Algumas crianças apresentam maior propensão de
não alcançarem um bom pico de desenvolvimento ósseo.
Neste grupo encaixam-se:
-- Os prematuros
-- Os que têm anorexia nervosa
-- O que apresentam puberdade
tardia ou ausência anormal de períodos menstruais
“Embora em grande parte, a genética possa
auxiliar a prever a nossa saúde óssea, exercícios e boa alimentação, durante as
três primeiras décadas de vida - quando o pico de massa óssea é atingido -
ainda são excelentes salvaguardas contra a osteoporose e outros inúmeros
problemas de saúde”, defende Caio G. Souza, que também é professor de Ortopedia
da Faculdade de Medicina na Uninove.
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