quarta-feira, 22 de abril de 2015

MINISTRO PEDIRÁ AUTORIZAÇÃO PARA TESTES DE VACINA CONTRA A DENGUE...

FONTE: Thais Borges (thais.borges@redebahia.com.br) CORREIO DA BAHIA.

O Butantan poderá disponibilizar 13 mil doses da vacina para o estudo antecipado, que será feito em ambiente controlado.
Diante dos números preocupantes da dengue, um alento: uma   vacina desenvolvida no Brasil pode iniciar nova fase de testes, em breve. Na semana passada, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, se reuniu com pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, para agilizar a autorização, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da terceira fase de testes clínicos da vacina produzida pelo laboratório.
O Butantan poderá disponibilizar 13 mil doses da vacina para o estudo antecipado, que será feito em ambiente controlado. Elas serão destinadas a voluntários que moram em locais onde há grande incidência da doença. Além disso, a multinacional francesa Sanofi pode liberar sua vacina contra a dengue ainda no final deste ano.
No entanto, a eficácia do produto é de apenas 60,8% e é preciso aplicar os anticorpos em três fases. Já a Fundação Oswaldo Cruz, que trabalha com duas frentes de pesquisa para a criação da vacina, ainda não tem previsão de quando o produto ficará pronto.
O grande desafio é chegar a uma vacina que seja eficaz contra todos os quatro sorotipos do vírus, simultaneamente, de acordo com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), responsável por uma das frentes desde 2008. A pesquisadora Ada Alves, que dirige o estudo do IOC, concluiu, no ano passado, a fase de testes da vacina em camundongos, com 100% de aproveitamento.  
Pela proposta, duas estratégias de imunização fazem parte da mesma vacina, através de engenharia genética. Agora, a produção deve seguir para a fase de testes com primatas. Só depois disso é que devem começar os testes clínicos em adultos, mas, segundo a assessoria do IOC, não há nenhuma previsão para quando isso vai acontecer.  

Já o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos) desenvolve, desde 2009, uma vacina em parceria com a companhia britânica GlaxoSmithKline (GSK). A assessoria do Bio-Manguinhos foi procurada, mas não respondeu as perguntas da reportagem até o fechamento da edição.

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