Um estudo publicado no European Heart Journal aponta que
os níveis baixos de gorduras trans de origem industrial não representam um
risco assim tão grande como se pensava para a saúde e poderiam ser considerados
seguros.
O estudo sugere até que estes ácidos graxos podem até ser
benéficos se foram produzidos de forma natural, em alimentos como os produtos
lácteos e as carnes.
Como reporta o ABC, as gorduras trans artificiais são
produzidas quando o azeite passa por um processo de hidrogenação, que faz com
que fique mais sólido, processo muito utilizado em alimentos processados.
Há anos que se considera que estas gorduras são as
maiores responsáveis pelo aumento do colesterol, de problemas cardiovasculares
e diabetes. E foram até relacionadas com a infertilidade, o Alzheimer e alguns
tipos de câncer, fazendo com que vários países controlem o uso desta gordura,
considerada uma ameaça para a saúde pública.
Uma equipe da Universidade de Heidelberg, na Alemanha,
analisou as concentrações de gorduras trans que se encontravam nas membranas
dos glóbulos vermelhos de 3.259 pessoas entre 1997 e 2000. Durante o período,
30% delas morreu.
As conclusões mostram que “os níveis elevados de gorduras
trans nas membranas dos glóbulos vermelhos associaram-se a um maior colestorol
LDL (o mau), mas também com um índice de massa corpórea mais baixo, menos
gorduras no sangue (triglicéridos) e uma menor resistência à insulina e, por
isso, um menor risco de diabetes”.
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