FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Desvende os mitos e verdades sobre o uso diário de
protetores íntimos e de calcinha durante o sono.
Muitas
mulheres não dispensam o uso do protetor íntimo diário. O principal motivo é se
sentir limpa o dia todo, sem eventuais odores naturais femininos.
Apesar
da praticidade, ginecologistas afirmam que ele é dispensável e só é recomendado
para ser usado no final da menstruação, para evitar o uso excessivo de
absorventes espessos. O abafamento da região genital feminina pode provocar
infecções.
A
ginecologista Maria Elisa Noriler explica que o protetor íntimo deixa a região
vaginal mais abafada. “O ideal é usar uma calcinha de algodão fina. Quanto mais
arejada a roupa, melhor”, recomenda.
Ainda
segundo a médica, se a necessidade de usar o protetor diariamente é pelo
excesso de secreções que mancham a calcinha, o ideal é consultar um
ginecologista para ver se não há nada de errado.
“Se a
paciente tem secreção é preciso examinar no ginecologista para tratar, fazer um
exame de cultura de secreção com pesquisa para fungos, como a clamídia ou
bactérias anaeróbicas”, alerta Maria Elisa.
Infecções.
Isabela
Barboza, ginecologista da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho explica que
muitas mulheres se sentem seguras usando o protetor diário.
“O
problema é que a flora da vagina é equilibrada e, quando a região é abafada,
acaba acontecendo uma mudança da flora predispondo a infecções bacterianas ou
por fungos”. Ainda segundo a médica, a quantidade natural de secreções pode
aumentar por esse desequilíbrio, causando o efeito rebote.
“Se
houver secreção abundante, com odor fétido, forte, uma mudança de coloração, é
preciso procurar um ginecologista porque pode ser uma infecção vaginal. Se é
clara, esbranquiçada, sem odor e sem coceira, é normal. Perto da ovulação a
mulher tem mais secreção”, diz Isabela.
Maria
Elisa ressalta que dor na relação sexual pode ser um sinal de infecção. “A
infecção por clamídia não dá muitos sintomas, mas causa secreção abundante e
clara. A longo prazo, pode causar a doença inflamatória pélvica e até obstrução
das trompas, causando infertilidade no futuro”, alerta.
Como lavar?
Maria
Elisa diz que toda mulher deve visitar o ginecologista ao menos uma vez por
ano. Além disso, ela alerta para o excesso de higiene na região íntima.
“Lavar
uma ou duas vezes por dia, com sabonete em barra – se não tem alergia – ou
sabonete íntimo é o ideal”, diz a médica. A ginecologista do Hospital 9 de
Julho diz que é bom evitar fazer ducha vaginal.
Isabela
diz que a calcinha de algodão é amiga da saúde íntima, pois deixa a região
vaginal respirar melhor. “É bom evitar roupas justas, apertadas e usar uma
sainha ou um tecido mais leve em dias mais quentes”.
Cuidados com a depilação.
A
depilação deve ser feita em um local confiável. “Se fizer com cera, é preciso
ter certeza de que ela não é reciclada. Se ficar na dúvida, não faça”,
recomenda Maria Elisa. Além disso, ela contraindica a depilação íntima total.
“Não é
bom tirar todos os pelos, porque eles são uma forma de defesa. O ideal é cortar
com uma tesoura e deixar bem baixinho”, diz. “Não se deve usar lâmina, pois
obstrui os folículos, causando uma inflamação”.
Hábitos
noturnos também interferem na saúde íntima. “À noite o ideal é dormir sem
calcinha e com pijama largo, para favorecer a ventilação da área”, diz Maria
Elisa.
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