quarta-feira, 23 de setembro de 2015

CONFIRA AS DEZ DÚVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE O DIABETES...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.


Sintomas da doença são silenciosos e podem ser confundidos com situações do cotidiano.

       

Apesar do diabetes ser comumente abordado, há algumas dúvidas frequentes que precisam de esclarecimento, principalmente quando se leva em consideração o futuro da doença no Brasil.
De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), o problema já atinge 12 milhões de pessoas no país e, até 2035, a estimativa é de mais de 19 milhões de pacientes.
Para ajudar a entender um pouco mais sobre o diabetes, a Dra. Priscilla Mattar, endocrinologista e gerente médica da Novo Nordisk no Brasil, farmacêutica líder mundial no tratamento do diabetes, responde algumas das perguntas mais abordadas sobre a doença.
1. O que é pré-diabetes?
É um estágio anterior da doença, que mostra um risco alto de desenvolve-la. Isto é, quando o indivíduo tem um valor de glicemia alterado que não chega a confirmar a doença, mas também não é normal.
“Os pacientes com o quadro de pré-diabetes devem mudar o estilo de vida, principalmente no que diz respeito aos hábitos alimentares e à prática de atividades físicas”, explica a Dra. Priscilla.
Alguns fatores de risco também podem contribuir para o desenvolvimento da doença, tais como idade acima dos 45 anos, excesso de peso, sedentarismo, hipertensão, entre outros.
2. Como diagnosticar o diabetes?
A doença pode ser diagnosticada por meio de diferentes exames de sangue:
-- Glicemia de Jejum: É o mais comum e realizado quando o paciente fica pelo menos oito horas sem se alimentar. Se o resultado for menor que 100 mg/dl, a pessoa não tem a doença. Acima de 126 mg/dl é considerado quadro de diabetes.
-- Teste Oral de Tolerância à Glicose (Curva Glicêmica): É feito, normalmente, para confirmar o diagnóstico sugerido nos outros tipos de exame. Feito em diversas etapas, o especialista coleta amostras de sangue em tempos determinados após o paciente ingerir um xarope de glicose.
Após 2 horas dessa ingestão, se a glicemia estiver ≥200 mg/dL é confirmado o diagnóstico de diabetes e entre 140 e 199 considera-se pré-diabetes.
-- Glicemia ao acaso: Uma glicemia medida ao acaso ≥200 mg/dL, em paciente que tenha sintomas típicos de diabetes também é diagnóstico.
-- Hemoglobina glicada (HbA1c): Esse exame estima quão alta ficou a glicose no sangue nos últimos meses. Se o resultado for ≥6,5% indica diabetes e entre 5,7% e 6,4%, pré-diabetes.
3. Pacientes com diabetes têm restrições alimentares?
Sim. O paciente deve ter uma dieta individualizada, mas, via de regra, com o controle da ingestão de carboidratos, sobretudo os simples. O ideal é ter o acompanhamento de um nutricionista especializado na doença que poderá orientar da melhor forma.
4. Diabetes causa cegueira?
A cegueira, que neste caso decorre de um estágio avançado da retinopatia diabética, é uma das complicações ocasionadas pelo não controle da doença. Há também outros problemas como dificuldade de foco, catarata, glaucoma e outros danos na retina.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, até 40% dos pacientes portadores da doença podem ter esses tipos de complicações por falta de informação e ausência dos sintomas.
Na prática, a retinopatia diabética ocorre quando os vasos sanguíneos da retina são danificados. A retina é o nervo responsável por projetar imagens e enviar ao cérebro.
Quando o nível de glicose está elevado, o sangue fica denso, provocando problemas na circulação. Essa situação faz com que os vasos da retina sejam lesionados. Se chegar ao ponto de rompê-los, pode causar cegueira.
5. Quais são as complicações do diabetes?
As complicações crônicas principais podem ser divididas em dois grupos, as microvasculares, que causam danos nos vasos sanguíneos pequenos, e as macrovasculares, que atingem os grandes vasos.
As complicações microvasculares podem levar a problemas nos olhos (retinopatia), rins (nefropatia) e nervos (neuropatia). As complicações macrovasculares ocorrem devido à aterosclerose – acúmulo de gordura e outras substâncias nas artérias, restringindo a passagem do sangue – podendo levar à infarto (doença arterial coronariana), derrame (acidente vascular cerebral) e doença vascular periférica.
6. Quais são os tipos de diabetes?
Os tipos principais de diabetes são conhecidos como 1, 2 e gestacional.
-- O diabetes tipo 1 é quando a produção de insulina é pequena ou ausente.
-- O diabetes tipo 2 é quando há produção de insulina, mas não o suficiente para retirar o açúcar do sangue.
Já o diabetes gestacional é desenvolvido durante a gravidez. Na maioria dos casos, após o nascimento do bebê, a doença desaparece.

7. Quais são as principais diferenças entre o diabetes tipo 1 e tipo 2?
O paciente de diabetes tipo 1 produz pouca ou nenhuma insulina, enquanto no tipo 2, essa produção não se dá nas quantidades necessárias.
No tipo 1 é necessário o uso de insulina, que é um medicamento injetável. No tipo 2, além das mudanças no estilo de vida como alimentação balanceada, prática de atividades, pode ser necessário o uso tanto de medicamentos orais como injetáveis.
8. Quais são os principais sintomas? 
Os principais sintomas do diabetes são sede excessiva, maior volume de urina, perda de peso, fome excessiva, cansaço e visão embaçada. Na América Latina, a estimativa é que metade das pessoas tem a doença, mas ainda não foi diagnosticada.
Muitas vezes, isso acontece porque os sintomas não são exclusivos do diabetes, tornando mais imperceptíveis e fáceis de confundir com outros fatores.
Exemplo: sede com o calor, cansaço com excesso de trabalho, entre outros. Por isso a importância de fazer exames periódicos garantindo que está tudo bem e, caso contrário, ter a oportunidade de tratar da maneira e tempo certo.
9. Açúcar causa diabetes?
O consumo de açúcar isoladamente não pode ser apontado como causa da obesidade, diabetes ou outras doenças graves. 
10. Quando o paciente tem de fazer a aplicação de insulina?

Geralmente, a insulina é aplicada em pacientes com diabetes tipo 1 e é uma entre as diversas opções de tratamento para controlar a doença no diabetes tipo 2. Há vários tipos de insulina no mercado e o especialista vai indicar a melhor de acordo com cada caso.

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