FONTE: , Alice G. Walton, (www.msn.com).
Mulheres que consomem uma grande quantidade de azeite de
oliva extravirgem, como parte de uma dieta mediterrânea, têm menos chance de
desenvolver câncer de mama em cinco anos. O estudo, feito na Espanha e
publicado no portal de medicina JAMA Internal Medicine, mulheres com este
costume às que estão em uma dieta com baixo consumo de gordura.
Pesquisas anteriores já sugeriam uma incidência menor de
câncer no Mediterrâneo, mas não era claro como a dieta poderia interferir no
risco de manifestação de câncer de mama. Agora, além das vantagens já
conhecidas da dieta – como benefícios cardiovasculares, metabólicos e
cognitivos -, ela também pode ser associada à prevenção desta doença.
O estudo analisou 4.300 mulheres que já passaram pela
menopausa. Elas foram instruídas a comer refeições tradicionais mediterrâneas,
que geralmente consistem em muitas frutas e vegetais, grãos integrais, peixe,
azeite e vinho vermelho. A dieta tem baixo teor de açúcar, pouca comida
processada, carne vermelha e derivados do leite. Parte dessas mulheres recebeu
um litro a mais de azeite de oliva extravirgem por semana para elas e suas
famílias. Enquanto isso, outro grupo recebeu 30 gramas de castanhas diferentes,
como amêndoas, avelãs e nozes. Um grupo de controle seguiu uma dieta com baixo
teor de gordura no lugar da mediterrânea.
Depois de cinco anos, as mulheres das duas dietas foram
consideradas com menos chance de serem diagnosticadas com câncer de mama do que
as mulheres na dieta de baixa gordura. Aquelas que suplementaram suas refeições
com azeite de oliva reduziram em 68% o risco de manifestar a doença. O grupo de
pesquisa calculou que a cada 5% de calorias adicionais que vinham do azeite de
oliva, mulheres poderiam reduzir suas chances de ter câncer de mama em cerca de
28%.
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Aquelas que comeram as castanhas mostraram uma redução de
41%, mas isso não foi estaticamente significante – o que significa que pode ter
ocorrido apenas por acaso.
No entanto, há algumas advertências em relação ao estudo.
O maior é que houveram apenas 35 casos de câncer de mama em todo o grupo, o que
é pouco. E, apesar dos resultados significativos, pode não ser o suficiente
para tirar conclusões finais.
Além disso, o estudo original não estava procurando
especificamente por câncer de mama – no começo ia estudar vantagens cardiovasculares
na dieta – então não houve uma triagem uniforme para câncer de mama.
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