O consumo
de insetos, chamado entomofagia,
é uma tendência que cresce lentamente em alguns países ocidentais. Mas esta
prática, muito difundida em numerosas regiões do mundo (Ásia, Africa e até
mesmo na America latina) está bem longe de nossa cultura e de nossas tradições
culinárias. Quando imaginamos mastigar insetos, fazemos uma careta e sentimos
algum enjoo. Alguns restaurantes começam a propor como pratos, podemos até
encontrá-los em alguns mercados ou em sites da Internet e aparecem mesmo em
2015, lugares especiais para aperitivos, onde são propostos gafanhotos e vermes
de farinha em diversos sabores... Segundo estudos feitos a este respeito, este
tipo de proposta começa a ser aceita principalmente pelos jovens.
Porque comer insetos?
Os estudos científicos colocam em destaque o alto teor em
proteínas que contêm os insetos comestíveis e que em princípio seria superior
àquele dos vegetais, carnes ou ovos. Esta qualidade não é negligenciável face à
expansão crescente dos indivíduos sobre a terra. De fato, nós seremos 9 bilhões
até 2050 e a produção de carne, ela somente, não poderá atender às necessidades
de proteínas da população. Isto sem contar o impacto fraco mas igualmente pouco
arriscado de transmissão de doenças ao homem. É bom saber: quando se sabe que
10 quilos de alimento permitem fornecer 1 quilo de carne de boi consumível
contra 9 quilos de insetos, isto dá o que pensar...
Comer insetos, não se pensou nisto antes?
Bem, sim! Isto não é novo pois encontramos desde a
antiguidade traços desta prática na Europa. Na Grécia antes de Cristo Aristote
fazia elogio às crisálidas das cigarras e seu sabor requintado e delicioso. Em
Roma, os insetos eram servidos nos banquetes, por exemplo gafanhotos
cobertos de mel. No século XVIII, alguns insetos eram aconselhados por suas
virtudes medicinais. No século seguinte, é mencionado o consumo de grilos no
sul da França ou ainda larvas de besouros, gafanhotos e larvas de bicho
da seda. A primeira obra europeia sobre este assunto foi publicada em 1885 e já
colocava a questão do interesse na entomofagia para humanos.
Quantas variedades comestíveis?
Existem mais de 1000 variedades de insetos comestíveis. A
maior parte faz parte de nosso ambiente familiar: formigas, grilos, gafanhotos,
larvas, cupins, etc. Eles podem ser comidos de muitas maneiras: vivos, fritos,
cozidos, caramelizados... Seus sabores são também diversificados e eles são
preparados tanto para o aperitivo, quanto para o prato principal, tempero ou
sobremesa.
Comer insetos, quais são os riscos?
Nos países desenvolvidos, a colocação no mercado para o
consumo humano é regulamentado como todo novo alimento e depende da autorização
comunitária. Se a entomofagia e a criação de insetos em grande escala são
encorajados pela ONU, para lutar contra a fome nos países em desenvolvimento, a
inocuidade desta prática alimentar não está demonstrada, o que deve incitar
cada um de nós a ficar vigilante sobre as ofertas propostas pela Internet. Sua
origem não é sempre confiável. Perigos também devem ser levados em conta em
função das espécies. Na verdade, alguns dentre eles possuem mecanismos de
defesa que não são sem riscos.
Então, você está pronto para experimentar?
Um conselho, comece para propô-los a seus amigos como
aperitivo. Grelhados, bem temperados e crocantes com seus diferentes sabores,
eles mudarão os amendoins ou chips (sem contar as calorias a menos). Para sua
próxima noite com amigos, vai ser um efeito: "uau"!... Assegurado!...
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