FONTE: Albenísio Fonseca, TRIBUNA DA BAHIA.
Estudos apontam que o uso do aparelho durante
atividades físicas pode ser prejudicial.
Ferramenta
imprescindível para o homem contemporâneo e dispositivo de captura da atenção,
o uso do celular durante atividades físicas e profissionais compromete o
desempenho e tem sido não recomendável por médicos e especialistas. Se já é
algo passível de multa ao dirigir veículos, seja motorizado ou uma simples
bike, mesmo em ações triviais, como ao tomar uma massagem, utilizar o
smarthphone torna-se perigoso tanto pela transferência da concentração como
pela perda do melhor aproveitamento do exercício.
No caso
de massagens, de acordo com as massoterapeutas Albertina Costa e Avanir
Nascimento que atendem diariamente, das 7h às 17h30, na área livre do Jardim de
Alá, “o relaxamento não é só destinado ao corpo, mas também à mente”.
Conforme
Avanir, que estuda Estética e há 10 anos atua como massoterapeuta, “a maioria
dos que atendo geralmente fica no whats app, sem se dar completamente ao
relaxamento”. Segundo ela, “alguns optam por ouvir músicas em fones de
ouvido e percebo, ao final da massagem que esses demonstram ter obtido um
relaxamento maior”. Para ela, contudo, “as pessoas se expõem à busca ou troca
de informações pelo celular, de modo que desviam completamente a atenção”.
Segundo
Albertina, técnica de enfermagem aposentada e há 12 anos atuando como
massoterapeuta, “os que buscam massagem aqui no Jardim de Alá geralmente
apresentam dores lombares, na cervical ou nos pés, sempre como decorrência do
estresse pelo dia a dia do trabalho”. Ela busca saber “se o cliente tem pressão
alta, se sente alguma dor no momento ou sofre de diabetes, quando a massagem
requer cuidado especial” e defende que “não se deve recorrer ao celular durante
o massageamento para que se obtenha um resultado melhor”.
Universidade americana mostra efeitos do uso do
smarthphone.
Cientistas
da Universidade de Kent (EUA) avaliaram 44 estudantes, com média de 22 anos, em
quatro sessões de meia hora na esteira. Em cada sessão, os pesquisadores
fizeram os voluntários usarem uma função dos aparelhos: música, conversa ou
mensagens. Houve ainda uma sessão em que os telefones ficaram desligados, para
que os resultados servissem como base. Quando os jovens só ouviam música
durante a atividade, a velocidade das passadas e a frequência cardíaca deles
cresciam – o que propicia condicionamento físico, emagrecimento e outros
efeitos benéficos para o corpo.
Quando
os estudantes faziam ligações para outras pessoas durante a caminhada na
esteira, a frequência cardíaca não se alterava muito, mas a velocidade dos
passos diminuía. Já quando mandavam mensagens, eles tiveram o pior resultado.
Além de não terem mais prazer na atividade física, apresentaram queda no ritmo
cardíaco e na velocidade do exercício. De acordo com o personal trainer André
Costa, quem troca mensagens nos smartphones enquanto se exercita fica mais
disperso. “Há maior risco de ocorrer lesões e quedas, principalmente nas
esteiras. E quando as pessoas param uma série da musculação para mexer no
celular, elas esfriam o corpo, e isso é prejudicial, o que pode causar dores na
lombar, nos joelhos e nas articulações”, ressalta o professor.
A
conclusão da pesquisa sobre o efeito da música faz sentido. Os benefícios dos
sons no organismo estão relacionados aos sistemas cardiovascular e nervoso
central, apontam os cardiologistas. Os especialistas estipulam, ainda, que cada
música gera um efeito diferente no organismo – as mais tranquilas, como as
clássicas, trazem um estado de harmonia; enquanto as agitadas tendem a causar
euforia.
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