segunda-feira, 2 de maio de 2016

CELULAR NÃO COMBINA COM MALHAÇÃO; USO É PREJUDICIAL...

FONTE: Albenísio Fonseca, TRIBUNA DA BAHIA.

Estudos apontam que o uso do aparelho durante atividades físicas pode ser prejudicial.

Ferramenta imprescindível para o homem contemporâneo e dispositivo de captura da atenção, o uso do celular durante atividades físicas e profissionais compromete o desempenho e tem sido não recomendável por médicos e especialistas. Se já é algo passível de multa ao dirigir veículos, seja motorizado ou uma simples bike, mesmo em ações triviais, como ao tomar uma massagem, utilizar o smarthphone torna-se perigoso tanto pela transferência da concentração como pela perda do melhor aproveitamento do exercício.
No caso de massagens, de acordo com as massoterapeutas Albertina Costa e Avanir Nascimento que atendem diariamente, das 7h às 17h30, na área livre do Jardim de Alá, “o relaxamento não é só destinado ao corpo, mas também à mente”.
Conforme Avanir, que estuda Estética e há 10 anos atua como massoterapeuta, “a maioria dos que atendo geralmente fica no whats app, sem se dar completamente ao relaxamento”.  Segundo ela, “alguns optam por ouvir músicas em fones de ouvido e percebo, ao final da massagem que esses demonstram ter obtido um relaxamento maior”. Para ela, contudo, “as pessoas se expõem à busca ou troca de informações pelo celular, de modo que desviam completamente a atenção”.
Segundo Albertina, técnica de enfermagem aposentada e há 12 anos atuando como massoterapeuta, “os que buscam massagem aqui no Jardim de Alá geralmente apresentam dores lombares, na cervical ou nos pés, sempre como decorrência do estresse pelo dia a dia do trabalho”. Ela busca saber “se o cliente tem pressão alta, se sente alguma dor no momento ou sofre de diabetes, quando a massagem requer cuidado especial” e defende que “não se deve recorrer ao celular durante o massageamento para que se obtenha um resultado melhor”.
Universidade americana mostra efeitos do uso do smarthphone.
Cientistas da Universidade de Kent (EUA) avaliaram 44 estudantes, com média de 22 anos, em quatro sessões de meia hora na esteira. Em cada sessão, os pesquisadores fizeram os voluntários usarem uma função dos aparelhos: música, conversa ou mensagens. Houve ainda uma sessão em que os telefones ficaram desligados, para que os resultados servissem como base. Quando os jovens só ouviam música durante a atividade, a velocidade das passadas e a frequência cardíaca deles cresciam – o que propicia condicionamento físico, emagrecimento e outros efeitos benéficos para o corpo.
Quando os estudantes faziam ligações para outras pessoas durante a caminhada na esteira, a frequência cardíaca não se alterava muito, mas a velocidade dos passos diminuía. Já quando mandavam mensagens, eles tiveram o pior resultado. Além de não terem mais prazer na atividade física, apresentaram queda no ritmo cardíaco e na velocidade do exercício. De acordo com o personal trainer André Costa, quem troca mensagens nos smartphones enquanto se exercita fica mais disperso. “Há maior risco de ocorrer lesões e quedas, principalmente nas esteiras. E quando as pessoas param uma série da musculação para mexer no celular, elas esfriam o corpo, e isso é prejudicial, o que pode causar dores na lombar, nos joelhos e nas articulações”, ressalta o professor.

A conclusão da pesquisa sobre o efeito da música faz sentido. Os benefícios dos sons no organismo estão relacionados aos sistemas cardiovascular e nervoso central, apontam os cardiologistas. Os especialistas estipulam, ainda, que cada música gera um efeito diferente no organismo – as mais tranquilas, como as clássicas, trazem um estado de harmonia; enquanto as agitadas tendem a causar euforia.

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