FONTE:, (www.msn.com).
A preocupação com a
saúde bucal acompanha a humanidade há centenas de anos: não é de hoje que são
desenvolvidos objetos para realizar a limpeza dos dentes, gengivas e língua. O
fio dental faz parte desse aparato e, de acordo com especialistas, é
extremamente importante por alcançar espaços onde a escova não chega.
Porém, a eficácia
do fio tem sido questionada por alguns profissionais. Notícias recentes
repercutiram a falta do objeto na publicação norte-americana Dietary Guidelines
2015, que aconselhava sua utilização desde a edição de 1990. De acordo com nota
divulgada pela Associação Dental Americana (ADA), o Comité Consultivo Dietary
Guidelines (DGAC) tomou a decisão de focar no consumo de alimentos (isto é,
ingestão de açúcar), e não nos utensílios de higiene oral. Por isso, nem o fio
nem a escova de dentes estão na lista. Segundo Luciana Scaff Vianna (CROSP
25889), secretária da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de
Odontologia de São Paulo (CROSP), o uso do fio, associado à utilização da
escova dental é incontestável. “A ADA e o CROSP recomendam o uso do fio.
A indicação da ADA explica, ainda, que ele diminui a quantidade de placa
bacteriana no dente, bem como o sangramento gengival. Todos os meios que temos
para realizar a higiene bucal devem ser usados”, enfatiza.
O fio é um
importante comparsa da escova e um não pode ser substituído pelo outro,
uma vez que desempenham funções diferentes. Daiane Peruzzo (CROSP 97597),
especialista em Periodontia e professora do curso de odontologia da Faculdade
São Leopoldo Mandic, afirma que por melhor que a escova seja utilizada, ela não
é capaz de limpar as superfícies entre os dentes, por isso são usados outros
utensílios como o fio, que, devido à sua maleabilidade, consegue alcançar as
bactérias e resíduos alimentares em espaços que a escova não atinge.
Há vários tipos de
fio dental no mercado brasileiro, mas é extremamente importante que cada pessoa
tenha a indicação de um profissional sobre qual é o mais adequado, de acordo
com suas especificidades, como quem usa prótese ou aparelho, por exemplo.
“Deve-se tirar cerca de 70 cm de fio, enrolar nos dedos ir soltando para usar
uma parte limpa entre cada dente. O fio deve alcançar o sulco gengival (distância
de cerca de meio milímetro que existe entre o dente e a gengiva), de maneira
delicada, para retirar a placa bacteriana. Usar antes ou depois da escovação
não faz diferença”, esclarece a profissional.
Em alguns casos, é
possível que ocorra um sangramento durante a utilização do fio. Peruzzo explica
que, de forma geral, isso pode acontecer por dois motivos: por trauma, ou seja,
quando o fio é introduzido com muita força na região da gengiva; ou, o mais
frequente, pela presença de inflamação gengival (gengivite). Na primeira
situação, o indivíduo precisa ajustar a técnica e força para o uso do fio, para
realizar a limpeza sem machucar os tecidos que ficam em volta dos dentes. Mas
se há presença de sangramento gengival relacionado à gengivite, significa que a
limpeza interdental não está sendo feita da maneira mais adequada. É importante
o acompanhamento de um cirurgião dentista para que o paciente tenha uma
orientação personalizada de como realizar a limpeza dental.
História.
Por
volta de 1815 Levi Spear Parmly, um dentista de Nova Orleans, nos Estados
Unidos, começou a indicar o uso do produto, até então feito de seda por ele
mesmo. Porém, esse importante aliado da higiene bucal começou a ser produzido
em larga escala somente na década de 1880. Após a Segunda Guerra Mundial, com o
desenvolvimento do fio de nylon, é que seu uso foi disseminado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário