Cerca de 44% dos
entrevistados informaram não ter conhecimento da discussão das reformas em
curso.
Pesquisa feita pela Federação Nacional de Previdência
Privada e Vida (FenaPrevi) e pelo instituto Ipsos mostra que 62% dos
entrevistados acreditam que possíveis mudanças na Previdência Social devem
dificultar o pedido de aposentadoria no Brasil, e, para 57% deles, a reforma da
Previdência pública deve diminuir seus direitos.
“A pesquisa mostra que há uma contradição no que as
pessoas querem, no que acham que é certo e sua expectativa pessoal”, avaliou o
presidente da Fenaprevi, Edson Franco, ao apresentar os resultados do estudo
ontem. A parcela de entrevistados desconhece que a reforma da Previdência é
elevada.
Cerca de 44% dos entrevistados informaram não ter
conhecimento da discussão das reformas em curso. “O nível de desinformação
precisa ser levado em conta pelo governo e setor privado”, avaliou Franco,
ressaltando a necessidade de se estabelecer um nível básico de conhecimento
para debater mudanças nas regras da aposentadoria pública.
Franco chamou ainda atenção para a idade média com que se
aposenta o brasileiro, 54 anos. “É extremamente baixa. A maioria dos países já
convergiu a idade média de aposentadoria para 65 anos e, neste momento, se
discute o aumento para 67 anos”.
O levantamento mostrou que a maior parte dos brasileiros
consultados (42%) acredita que os homens deveriam se aposentar aos 60 anos e
somente 15% apontaram os 65 anos como idade ideal para aposentadoria masculina.
No caso das mulheres, 58% disseram que elas deveriam se aposentar com 55 anos e
22% indicaram os 60 anos como idade ideal.
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