FONTE: Gabriele Galvão, TRIBUNA DA BAHIA.
O uso excessivo do celular -
companheiro, quase que inseparável dos adolescentes, pode causar danos ao corpo
humano.
O uso
excessivo do celular - companheiro, quase que inseparável dos adolescentes,
pode causar danos ao corpo humano. Especialistas garantem que os
aparelhos celulares e as redes sociais provocaram uma epidemia de má postura,
afetando principalmente a coluna. “O efeito nocivo da postura cervical pode
provar quadro de dor, além do desgaste na articulação vertebral e de hérnia de
disco”, explicou o ortopedista Dayan Esteves.
Segundo
ele, cerca de 80% da população em algum momento da vida será acometida com
algum problema de coluna, sendo que 90% desse índice será por eventos
musculares e posturais. “Esse dado já é preocupante e, com o uso excessivo do
celular, o problema só aumenta”, observou.
Uma
pesquisa americana mostra que pessoas gastam de duas a quatro horas com o
pescoço dobrado olhando o celular, o que gera uma pressão forte na coluna. “Se
a pessoa fica muito tempo olhando para a tela do celular ou do computador terá
alteração na coluna cervical, além de adquirir uma cervicalgia que é uma
síndrome caracterizada por dor e rigidez transitória do pescoço”, explicou o
ortopedista Fábio Costa.
O
médico disse ainda que outro problema que a ação pode ocasionar é a
Tendinopatia, que acontece quando há um rompimento dos tendões do punho e da
mão. “Essa doença está relacionada ao esforço repetitivo que a pessoa faz ao
digitar, principalmente num teclado pequeno como o de um celular”, observou o
ortopedista, acrescentando que também podem ocorrer dores miofasciais, que são
alterações nos músculos das costas, entre as duas escapulas. “Ficando na mesma
posição por muitos minutos, os músculos ficam contraídos causando dores. Por isso
o ideal seria tentar não manter a mesma postura por muito tempo”, ressaltou.
Para
Fábio Costa, o grande segredo para evitar esses desconfortos físicos é saber
dosar o uso do celular e fazer atividade física. “O exercício físico oxigena os
tecidos evitando essas possíveis dores”, observou.
O
estudante Matheus da Silva, de 17 anos, disse que é viciado no smartphofone e
que adota algumas medidas preventivas. “Sempre que posso diminuo o uso e tento
posicioná-lo o mais próximo da altura dos olhos para não contrair o pescoço e
tentar evitar o problema”, afirmou. Já a atendente de telemarketing, Juliana
Catarino, falou que tem disciplina com o uso do telefone. “Adoto posturas
diferentes quando uso o celular, procuro sentar na vertical e quando estou em
casa uso um suporte para ele ficar em uma altura mais adequada”, declarou.
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