FONTE: Daniel Isaia, da Agência Brasil, CORREIO DA BAHIA.
No mesmo
período, duas pessoas morreram por complicações causadas pelo vírus influenza
B.
De janeiro de 2016 até o último dia 23, foram notificadas
em Santa Catarina 101 mortes causadas pela gripe A. No mesmo período, duas
pessoas morreram no estado por complicações causadas pelo vírus influenza B. Os
números foram divulgados no último boletim da Diretoria de Vigilância
Epidemiológica de Santa Catarina.
Segundo o informe, em 2016 foram notificados 692 casos de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus influenza A H1N1 e
8 pelo influenza B. Outros dois casos ainda estão com a identificação em
andamento.
O número de pacientes disparou a partir da última semana
de março e atingiu o ápice na segunda semana de abril (entre os dias 10 e 16),
quando foram registrados 91 casos de SRAG causados por influenza. Nos meses
seguintes, o número reduziu de forma gradativa até que, em agosto, foi
registrada uma média de apenas um caso por semana.
O número de mortes também se concentrou entre os meses de
abril e maio, com ápice entre os dias 3 e 9 de abril, quando foram registrados
oito óbitos por influenza A e B. Das 103 vítimas, nove residiam em Joinville,
sete em Blumenau, seis em Jaraguá do Sul, e cinco em São José.
Ainda segundo o boletim da Dive, 88% dos pacientes que
morreram pertenciam à faixa etária acima de 40 anos de idade. Além disso, 85%
deles tinham algum fator de risco associado, como doenças crônicas e obesidade.
Sazonalidade.
O levantamento da diretoria de vigilância apontou, ainda, que o período de sazonalidade do vírus influenza começou quase dois meses mais cedo, em 2016, na comparação com anos anteriores. Entre 2012 e 2015, o aumento de casos em Santa Catarina iniciava sempre no final do mês de abril. Este ano, no entanto, o fenômeno já se observava na primeira semana de março.
O levantamento da diretoria de vigilância apontou, ainda, que o período de sazonalidade do vírus influenza começou quase dois meses mais cedo, em 2016, na comparação com anos anteriores. Entre 2012 e 2015, o aumento de casos em Santa Catarina iniciava sempre no final do mês de abril. Este ano, no entanto, o fenômeno já se observava na primeira semana de março.
Em números absolutos, os 702 casos de doença, por
influenza A e B, em 2016, superam em quase seis vezes os 119 casos registrados
no ano passado. Em 2012, foram identificados 750 casos, todos eles entre os
meses de janeiro e agosto.
"Atribuímos esse aumento ao fato de o vírus ter
começado a circular muito mais cedo. Nós tivemos um grande número de casos nos
primeiros meses, e a vacinação só acontece no início de maio, o que fez com que
o número acumulado ao longo do ano fosse semelhante ao de 2012", explicou a
gerente de imunização da diretoria, Vanessa Vieira da Silva.
Segundo Vanessa, a tendência é que o número de casos
diminua junto com o fim do inverno. "Mas não podemos garantir, tendo em
vista que o comportamento dos vírus, em 2016, foi extremamente diferente em
relação aos outros anos", completou.
A gerente de imunização ressaltou que a população
catarinense precisa continuar atenta às atitudes preventivas, como manter o
ambiente bem arejado, cobrir o nariz e a boca com lenço ou com o antebraço ao
tossir, e lavar as mãos várias vezes ao dia.
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