FONTE: Carmen Vasconcelos ( ), CORREIO DA BAHIA.
Quase todos
acreditam que excesso de trabalho e estresse são as causas únicas da impotência.
A falta do desejo sexual e os problemas de ereção estão
intimamente ligados à obesidade, especialmente nos homens maiores de 50 anos.
Apesar disso, uma parte significativa dos brasileiros desconhece a estreita
relação entre o excesso de gordura corporal e a queda do hormônio masculino
testosterona. Isso foi o que mostrou um estudo realizado em parceria pela
Sociedade Brasileira de Urologia(SBU) e a Bayer.
A pesquisa realizada com 2
mil homens de sete capitais (Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Porto
Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo) mostrou que 83% dos homens maduros
(50 aos 70 anos) não relacionaram a obesidade à queda no rendimento sexual,
entre os mais jovens (18 aos 22 anos), o número sobe para 89%.
A quase totalidade dos
homens acreditam que a redução de testosterona e a impotência sexual são resultados
do excesso de trabalho e o estresse do dia a dia (20%). Para os mais jovens, a
disfunção erétil e a queda no desempenho sexual são reflexos da falta de
qualidade de vida (24%) e também das mudanças nos níveis hormonais (20%). A
obesidade foi lembrada como provável causa por 17% entre os mais velhos e por
11% dos mais jovens.
Mal desconhecido.
Embora a impotência sexual seja o segundo problema de saúde mais temido pelo público masculino (perde apenas para as doenças do coração), a obesidade foi vista como preocupação por um grupo muito pequeno: apenas 6% entre os mais maduros e 12% entre os jovens. Vale lembrar que mais que afetar à estética, a obesidade é responsável por desencadear inúmeras doenças, entre elas: o maior risco de aterosclerose (que é o acúmulo de placas de gorduras nas artérias), diabetes, síndrome metabólica, doença hepática gordurosa não alcoólica.
Embora a impotência sexual seja o segundo problema de saúde mais temido pelo público masculino (perde apenas para as doenças do coração), a obesidade foi vista como preocupação por um grupo muito pequeno: apenas 6% entre os mais maduros e 12% entre os jovens. Vale lembrar que mais que afetar à estética, a obesidade é responsável por desencadear inúmeras doenças, entre elas: o maior risco de aterosclerose (que é o acúmulo de placas de gorduras nas artérias), diabetes, síndrome metabólica, doença hepática gordurosa não alcoólica.
De acordo com o chefe do
Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, o médico
Eduardo Bertero, além da obesidade terminar provocando diversos problemas de
saúde, as células gordurosas ou adipócitos transformam o principal hormônio
masculino em estrógeno, que é um hormônio feminino. “O impacto disso está
diretamente ligado à qualidade da ereção, além de provocar alterações de humor,
cansaço, sensação de perda de energia e diminuição das massas óssea e
muscular”, esclarece o médico.
Ele lembra que a
dificuldade de ereção é considerada como disfunção erétil quando o homem
percebe dificuldades ao longo de seis meses. “Uma falha é normal, mas se um
homem que mantem uma atividade sexual regular e uma frequência de duas vezes
por semana, por exemplo, ao longo de meio ano repara que sempre há uma falha e
uma perda na qualidade de ereção, mesmo que haja possibilidade de penetração,
está na hora dele buscar ajuda médica”, completa Bertero, lembrando que a falta
de desejo sexual por ninguém também é um sinal de alerta importante.
Tratamento.
Quando os problemas sexuais são causados por obesidade, o retorno ao peso pode ser suficiente para a resolução das disfunções. Em outros casos, é preciso que haja reposição hormonal. “Como a perda de peso não é algo que ocorra de uma hora para outra, recomendamos o uso de gel e soluções axilares que são de uso diário e respondem pela reposição ou o tratamento injetável que é repetido a cada três meses”, ensina o urologista.
Quando os problemas sexuais são causados por obesidade, o retorno ao peso pode ser suficiente para a resolução das disfunções. Em outros casos, é preciso que haja reposição hormonal. “Como a perda de peso não é algo que ocorra de uma hora para outra, recomendamos o uso de gel e soluções axilares que são de uso diário e respondem pela reposição ou o tratamento injetável que é repetido a cada três meses”, ensina o urologista.
O educador físico Humberto
Santos, da Marcial Fitness, lembra que o combate do excesso de gordura precisa
passar por uma mudança de hábitos, por meio de uma reeducação alimentar e da
prática de atividades físicas. “Fazer uso de alimentos naturais (frutas,
legumes, verduras, hortaliças), lembrando que quanto menos industrializado ou
processado for o alimento, melhor! Uma consulta ao nutricionista será muito
importante, além disso, escolher uma atividade que vai gerar um gasto
energético, mesmo no momento de repouso, é fundamental”, reforça.
Para ele, as possibilidades
são muitas e variadas de acordo com as preferências e os bolsos. “Atividades
domésticas, menor uso do elevador, usar a bicicleta também para o trabalho, ir
a pé para lugares mais próximos, lavar o próprio carro, procurar ter um lazer
mais ativo com a família já são dicas importantes, além disso, vale
apostar nas caminhadas, clubes de corrida e numa malhação bem orientada”,
sugere o professor.
A nutricionista Camila
Berbert ressalta que o Ministério da Saúde tem divulgado frequentemente nas
redes sociais material informativo sobre alimentação saudável e medidas de
prevenção das doenças crônicas não transmissíveis. “Este ano também foi
publicada a versão revisada do Guia Alimentar Para a População Brasileira, um guia
simples, ilustrado e didático, que visa promover bons hábitos alimentares
individuais e coletivos”, destaca.
Ele pontua que o guia
apresenta 10 passos para uma alimentação adequada e saudável, sugerindo
substituições e melhores escolhas alimentares. “O guia também promove a compra
de alimentos em mercados, feiras livres e em feiras de produtores locais,
valorizando assim a alimentação com vegetais e frutas da estação, com menos
agrotóxicos e baseada na cultura agroecológica”, ensina.
O guia está disponível na
internet (clique aqui) e
é utilizado em escolas e unidades de saúde como forma de promoção de hábitos de
vida saudáveis.
Hoje, a obesidade é
apontada pela Organização Mundial da Saúde como um dos maiores problemas de
saúde pública, com um enorme impacto econômico na sociedade. A projeção é que,
em 2025 cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso, e mais de 700
milhões obesos. Já no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a doença vem crescendo e
levantamentos apontam que mais de 50% da população brasileira está acima do
peso.
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