sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O QUE COMEMOS PODE AFETAR NOSSA FERTILIDADE?...


FONTE:, (noticias.uol.com.br).


Muitos acreditam nos poderes de certos alimentos que vão além da nutrição.

"Soja ajuda as mulheres a ter mais óvulos", alega um comerciante chinês em um mercado de rua.

As conexões entre o que comemos e nossa capacidade de gerar vida têm sido fonte de folclore, religião e medicina há milhares de anos, intrigando pessoas que pretendem ter um filho.

Estatísticas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) mostram que cerca de 12% das mulheres entre 15 e 44 anos têm dificuldades para engravidar ou para concluir uma gestação, mas é difícil conseguir dados globais confiáveis sobre o tema.

Sendo assim, até que ponto a alimentação pode ajudar ou aumentar a fertilidade?

O programa Food Chain ("Cadeia Alimentar", em tradução livre), da BBC, consultou vários especialistas a respeito. Confira o que eles disseram.

Abundância.

Em vários períodos históricos, é possível observar a ligação entre abundância e fertilidade. No fim da 2ª Guerra Mundial, por exemplo, a taxa de natalidade aumentou para mais de 39% em países como a Inglaterra no intervalo de apenas dois anos.

Uma das explicações é que o número de casamentos também cresceu muito.

Mas muito do aumento populacional pode ser explicado pela mudança da quantidade ou tipo de comida disponível. A transição demográfica ocorrida no período Neolítico aconteceu há 10 mil anos e é um exemplo disso.

"A importância do milho nas dietas começou por volta de 300 a.C. e as taxas de natalidade foram subindo em paralelo", disse Tim Kohler, professor de Antropologia da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos.

"O aumento na quantidade de carboidratos nas dietas teve como resultado a melhora no equilíbrio de energia para mulheres. Elas provavelmente puderam ovular com mais frequência e então as taxas de natalidade aumentaram naquelas circunstâncias."

Qualidade x Quantidade.

Mas, uma vez que a comida é abundante, outros fatores entram na equação. Por exemplo, o tipo de alimento.

Jorge Chavarro, da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Harvard, explica que especialistas em problemas de fertilidade começaram a considerar as dietas como um dos fatores que contribuem para a concepção.

"Era uma ideia difícil de vender para especialistas, mas, à medida que as provas (a favor da dieta) começaram a se acumular, as pessoas começaram a aceitar que a dieta e o estilo de vida eram importantes", afirmou Chavarro à BBC.

O professor conta que as taxas de sucesso nos tratamentos de fertilidade permaneceram estáveis na última década apesar dos avanços na tecnologia, e esses números não devem melhorar tão cedo.

"É do interesse de todo mundo, incluindo da indústria farmacêutica, identificar outras formas de melhorar as taxas de sucesso, então existe um grande interesse em fatores que podem ser modificados, como a dieta."

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