Segundo a mãe, logo após se sentir mal, a criança foi
levada para a Policlínica do Coxipó, onde deu entrada com parada
cardiorrespiratória. Uma hora depois, ela faleceu. Um boletim de ocorrência foi
registrado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e o
caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e
do Adolescente (Deddica).
Em seu relato, a mãe, de 28 anos, disse que o filho teria
se alimentado com o produto, o achocolatado Itambezinho, da marca Itambé, por
volta das 9 da manhã. Antes disso a saúde da vítima era estável, apresentando
apenas um resfriado leve havia cerca de dois dias.
Ainda em seu depoimento, a mãe citou que tanto ela como
um tio da criança, que também ingeriram um pouco do achocolatado, chegaram a
apresentar um mal-estar momentâneo. Ela teria sentido náuseas e tontura e o tio
do menino, com sintomas mais fortes, teria ido para o Pronto-Socorro de Cuiabá.
O caso repercutiu nas redes sociais, mas de maneira
deturpada. Nas mensagens enviadas via WhatsApp e Facebook, chegou-se a dizer
que o produto envolvido era o Toddynho, da fabricante PepsiCo, em vez do
achocolatado da Itambé. Procurada pela reportagem, a PepsiCo reiterou que seus
produtos nada têm a ver com o caso.
Por meio de nota, a Itambé afirma que foi notificada dos
fatos na última sexta-feira (26). Nela, esclareceu que mantém contato
permanente com a Vigilância Sanitária regional e que está auxiliando na
apuração dos fatos.
Segundo a empresa, o Itambezinho está no mercado há mais
de uma década e nunca apresentou qualquer problema do gênero; e que até o
presente momento, não houve nenhuma outra reclamação do mesmo lote.
A Polícia Civil divulgou que apreendeu cinco caixas do
achocolatado na residência da família e uma embalagem vazia, que teria sido
consumida pela criança. Segundo a mãe, o achocolatado foi dado ao filho por um
vizinho, que ainda não foi localizado pela polícia para prestar esclarecimento.
O material deverá passar por análise.
A Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária do Mato
Grosso solicitou a interdição cautelar do lote completo de todos os
achocolatados da marca Itambezinho que tenham sido fabricados em 25 de maio
deste ano, com validade até 21 de novembro de 2016. Segundo a Itambé, não há
previsão de recolhimento dos produtos em São Paulo.
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