FONTE: Acorda Cidade, TRIBUNA DA BAHIA.
A diabetes é um fator de risco, e o melhor que o
paciente tem a fazer é controlar a sua glicemia.
A
catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS). Dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) mostram que 28,7% dos brasileiros com mais de 60 anos
sofrem da doença. Sobre este assunto, o Acorda Cidade conversou com a médica
oftalmologista Camila Cardoso, da Clínica Vista, que esclareceu dúvidas sobre a
doença.
Acorda Cidade – O que é a catarata?
Camila Cardoso - Dentro do olho da gente tem uma lente transparente, que
chama cristalino, e a perda dessa transparência do cristalino que é a catarata.
Ele vai ficando esbranquiçado, opaco, e isso vai atrapalhando a visão?
Acorda Cidade – Quais os sintomas da doença?
Camila Cardoso – Os primeiros sintomas, logo quando ela inicia, a pessoa
pode nem perceber, só indo ao oftalmologista para ele diagnosticar. Mas os
principais sintomas são a sensação de visão turva, esbranquiçada, as cores
parecem que estão destonadas, enfraquecidas, as luzes começam a borrar, e a
pessoa começa a ter dificuldade de ler, dirigir, de fazer suas funções
habituais, e começa a reclamar dos óculos, e trocá-los com muita frequência.
Acorda Cidade - Essa doença é fácil de detectar?
Camila Cardoso – Na consulta de rotina já dá pra perceber sim se tem
catarata ou não, e a gente pode pedir exames complementares só para poder certificar
isso.
Acorda Cidade – Todas as pessoas vão desenvolver a catarata?
Camila Cardoso – A catarata está relacionada ao seu fator genético e o
envelhecimento. Então 95% das pessoas depois dos seus 65 anos vão apresentar
algum grau de catarata. Pessoas de 90 anos já vão ter uma catarata bem mais
intensa que uma pessoa de 60.
Acorda Cidade - Todos os casos são cirúrgicos?
Camila Cardoso - O tratamento da catarata e cirúrgico. Então a indicação da
cirurgia vem por parte do paciente mesmo se queixando da sua qualidade de
visão, querendo melhorar, e em alguns casos o médico sugere. A cirurgia evoluiu
bastante. É uma cirurgia de alta complexidade, a gente usa aparelhos, com
tecnologia avançada, o cirurgião precisa ser bem capacitado para exercer essa
função. Mas mesmo sendo de alta complexidade, é uma cirurgia segura.
Acorda Cidade – A diabetes acelera ou tem alguma relação com a catarata?
Camila Cardoso – A diabetes é um fator de risco, e o melhor que o paciente
tem a fazer é controlar a sua glicemia e ir a cada seis meses ao seu
oftalmologista ou de acordo com a periodicidade que lhe for passado. A diabetes
acelera a catarata, que todos nós já teremos algum dia.
Acorda Cidade - Pessoas jovens podem desenvolver a catarata?
Camila Cardoso – Sim. Existe a catarata congênita, que a pessoa já nasce.
Existem as secundárias, que vem de um trauma, uma inflamação no olho,
medicações como corticóides, mas a principal causa é a da idade, que vem com o
tempo.
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