Prazo recomendado passou de oito
semanas para seis meses - mesmo para as pessoas que não tenham tido qualquer
sintoma do vírus.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) modificou na terça-feira, 6, a orientação
sobre uso de preservativo para casais que viajaram para regiões onde há a
presença do vírus zika. O prazo recomendado passou de oito semanas para seis
meses - mesmo para as pessoas que não tenham tido qualquer sintoma do vírus.
O novo
alerta foi feito no mesmo dia em que a entidade apontou que os riscos de um
contágio nos Jogos Paralímpicos no Rio são baixos, mas não inexistentes.
Em
documento publicado nesta terça, porém, a entidade estima que "evidências
cada vez maiores mostram que a transmissão sexual do vírus é possível e mais
comum que se achava antes". "A preocupação existe por causa da
associação entre o vírus zika e microcefalia, complicações neurológicas e
síndrome de Guillain-Barré", explicou a OMS.
Até
agora, 17 estudos indicaram a forte probabilidade de transmissão sexual do
vírus. A infecção por meio do sexo foi identificada em 11 países, entre eles
Estados Unidos, Argentina, Chile, Nova Zelândia e diversos locais na Europa.
No caso
dos EUA, foi registrada ainda a transmissão por meio de sexo anal e novos
estudos apontam para a possibilidade de infecção por meio do sexo oral.
Outra
constatação da OMS se refere à presença do vírus no sêmen. Por enquanto, há a
comprovação de que o vírus zika pode ficar até 41 dias ativo no sêmen. Outro
estudo, realizado neste ano, detectou o zika no sêmen 14 dias após o fim da
doença. Mas há casos em que o vírus pode ficar por um tempo ainda maior - na
Itália, o sêmen de um homem foi testado positivo 181 dias depois de apresentar
sintomas.
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