FONTE: CORREIO DA BAHIA (redacao@correio24horas.com.br).
Assunto foi
discutido em palestra que aconteceu em Salvador.
O
sexo é considerado um dos pilares da qualidade de vida pela Organização Mundial
de Saúde (OMS). O tema foi abordado pela média psiquiatra e pesquisadora
Carmita Abdo durante segunda edição do Ciclo de Palestras Holiste, nesta
quarta-feira (21), em Salvador. O evento lotou o auditório do São Salvador
Hotéis e Convenções, no Stiep. Antes, a psiquiatra Fabiana Nery falou sobre o
tema "Sofrer por amor: qual o limite?".
Doutora
e Livre-Docente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP), Carmita Abdo apresentou alguns dados da pesquisa realizada
recentemente pelo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
O
estudo traçou um panorama das práticas e dos tabus dos relacionamentos sexuais
no país e os impactos destes nas relações interpessoais, afetivas e sociais. Um
dos itens da pesquisa, que entrevistou três mil homens e mulheres em sete
capitais brasileiras, com idade média de 35 anos, foi o questionamento do que é
qualidade de vida. Para os homens, em primeiro lugar está se alimentar, seguido
de tempo para conviver com a família e em terceiro lugar está a prática do
sexo, na frente de dormir bem, trabalhar no que se gosta e cuidados com a
saúde. Já para as mulheres, o sexo vem em 8º lugar, perdendo na preferência
feminina somente para a prática de exercícios físicos e sair de férias em
família.
Carmita
explicou que as mulheres foram condicionadas a manterem distância
mental dos seus corpos, um traço cultural que é transmitido através das
gerações. “Para a gente mudar isso, teremos de viver novos tempos e novas
influências, para que as mulheres passem a ter um contato melhor com seus
corpos. A mulher precisa se apropriar do seu corpo e também entrar em contato
com as sensações físicas na mesma medida que os homens entram”, aconselha a
especialista.
Carmita
Abdo fez, ainda, um paralelo entre a sexualidade desde as eras anteriores à
escrita até os dias atuais. “Hoje a gente já sabe que, tanto homens e mulheres,
quanto mais intelectualmente desenvolvidos e bem inseridos sócio culturalmente,
melhor é o sexo que eles fazem”, afirma a especialista que se dedica a estudar
o assunto há mais de 40 anos.
O
Ciclo de Palestras Holiste foi aberto no mês de julho com as presenças do
filósofo Luiz Felipe Pondé, que falou sobre “Os desafios da Mudança” e do
psiquiatra Luiz Fernando Pedroso, diretor clinico da Holiste, com o tema
“Psiquiatria para Além da Medicina”. A terceira edição do Ciclo de Palestras
Holiste está prevista para acontecer em novembro. Os interessados podem
acompanhar a programação no
site clicando aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário