A
doença de Alzheimer acomete sobretudo os idosos, é incurável e se agrava com o
tempo. O principal sintoma desse declínio cognitivo é a perda progressiva da
memória. Mas essa doença, cheia de particularidades, vai além disso. Destacamos
alguns pontos importantes que todo mundo deveria saber. Confira:
1 - Ela é
cada vez mais comum.
Quase
44 milhões de indivíduos ao redor do mundo têm Alzheimer. E as projeções
esboçam um aumento exponencial: em 2030, 75 milhões serão afetados pela doença,
quantidade que deve pular para 135 milhões em 2050. Há uma explicação clara
para essa provável guinada: o aumento da expectativa de vida.
2 - Os
médicos ainda não conhecem muito bem sua origem.
Os
cientistas ainda não chegaram a um consenso sobre os motivos que causam o declínio cognitivo. Eles sabem que há um aumento de uma proteína chamada
beta-amiloide nas redondezas dos neurônios, que gera placas capazes de destruir
as conexões entre as células. Outra causa conhecida tem a ver com uma proteína,
chamada Tau, que forma novelos prejudiciais aos neurônios. Ninguém desvendou,
porém, quais fatores desencadeiam esse processo.
3 - A
maioria dos medicamentos falha.
Segundo
um levantamento da Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, 99% das drogas
testadas entre 2002 e 2012 contra esse tipo de demência não trouxeram qualquer
resultado positivo. E isso tem tudo a ver com o tópico anterior, já que os
especialistas não sabem o que atacar exatamente. Outro motivo para a falta de
remédios eficazes é que, nos estágios graves, por mais que se retire a proteína
que embaralha a memória, as células nervosas já morreram - e não há como
reverter a situação. O diagnóstico geralmente é tardio, dificultando a eficácia
dos tratamentos que retardam a progressão da doença.
4 - Não é
só a memória que sofre.
Estudiosos
da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, recrutaram 130 voluntários -
uma parcela com a enfermidade e outra sem quaisquer problemas. Todos
experimentaram tiras alimentícias (uma espécie de papel com sabores diversos).
Ao final do teste, 26% dos sujeitos com o quadro moderado não sentiram o gosto
direito, ante 3% dos que possuíam o cérebro intacto. E não é só o paladar que sai perdendo quando o Alzheimer ganha terreno. Cientistas da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) constataram que a proteína beta-amiloide
também provoca transtornos depressivos. Linguagem, atenção e orientação
espacial também são abaladas.
5
- Tem como prevenir.
Apesar
desse mal não ter cura, algumas medidas simples ajudam - e muito - a
preveni-lo.
Mexa o
corpo: pesquisadores das universidades
da Califórnia e de Pittsburgh, ambas nos Estados Unidos, descobriram que quem se exercita mais tem um cérebro maior, sobretudo em áreas associadas à
memória e ao Alzheimer, a exemplo do hipocampo. Os experts calcularam que o
risco de desenvolver a doença caiu pela metade nesse pessoal.
Mexa
também a cabeça: quanto
mais exercitar o cérebro, melhor. Desafie o raciocínio com leituras, cursos,
jogos de videogame... A inatividade cognitiva aumenta em 19% o risco de ter
Alzheimer.
Controle
o peso: Manter-se em forma evita danos às artérias que, com o passar dos anos,
boicotam as atividades neuronais. Nesse sentido, também é crucial controlar
colesterol, pressão e diabete.
Alimentação: Uma dieta rica em peixes, azeite de oliva, vegetais e
castanhas resguarda os neurônios. Frutas vermelhas são outra ótima pedida.
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