FONTE: Do UOL, em São Paulo, (noticias.uol.com.br).
Você já xingou até a
última geração da árvore que deu origem àquele papel que cortou o seu dedo? E
já se perguntou como é possível um corte tão pequeno causar tanto incômodo?
Acredite, a culpa não é do papel.
De acordo com Hayley
Goldbach, dermatologista da Universidade da Califórnia, temos muitos nervos nas
pontas dos dedos, onde os cortes costumam acontecer:
As pontas dos dedos
são como exploramos o mundo e fazemos tarefas delicadas. Isto é tipo um de
mecanismo de defesa.
Mas, que fique claro,
o papel não é totalmente inocente. Os cortes ocasionados por ele são mais
profundos do que imaginamos.
Apesar de parecerem
superficiais, são fundos o suficiente para ativar os nervos.
"São fundos o
bastante para passar pela camada superior da pele [que não tem terminações
nervosas]. De outra forma, não doeriam", diz Goldbach em entrevista à BBC.
O fato de eles serem
superficiais também ajuda a explicar por que doem tanto: um ferimento mais
profundo provocaria sangramento. O sangue coagularia e ajudaria na
cicatrização.
Como no corte feito
pelo papel isso não acontece, a dor torna-se aguda e prolongada, numa área que
usamos continuamente e que fica muito exposta.
Por isso, é
importante cobrir o machucado e evitar a exposição dos nervos até que a pele
consiga cobrir o ferimento novamente.
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