Além da previsão
para o salário mínimo, o texto traz outros parâmetros para a economia
brasileira no ano que vem, entre eles estimativas de inflação, de 4,8%.
O salário mínimo para o ano que vem ficará em R$ 945,80,
anunciou o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. O valor consta do
texto do Projeto de Lei do Orçamento Geral da União de 2017, enviado ontem pelo
governo ao Congresso Nacional. A proposta foi entregue por Oliveira e pelo
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao presidente do Senado Federal, Renan
Calheiros (PMDB-AL), logo após a posse do presidente Michel Temer.
Além da previsão para o salário mínimo, o texto traz
outros parâmetros para a economia brasileira no ano que vem, entre eles
estimativas de inflação, de 4,8% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), e de resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que mede a soma de todas
as riquezas produzidas no país, de crescimento de 1,6%.
O projeto prevê taxa de câmbio média de R$ 3,40 para US$
1 e taxa Selic (juros básicos da economia) de 12,1% ao ano em 2017.
Outra previsão do texto é que o déficit primário do
governo deve ficar em 2% do PIB no ano que vem, contra 2,7% do PIB esperados
para este ano. Isso porque o governo prevê uma redução de 0,54 ponto percentual
nas despesas primárias do Governo Central, que devem passar de 19,84% do PIB em
2016 para 19,30% do PIB em 2017. “Significa que não há nenhum crescimento real.
É uma medida rigorosamente de acordo com a Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) do teto”, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O mesmo ministro enfatizou, ainda, que o país passa neste
momento por recuperação da confiança, com recuperação dos preços dos ativos,
como ações de empresas privadas, e valorização dos títulos públicos. “Isso vem
junto com a recuperação da confiança. Em seguida, começam os sinais de
recuperação do crédito, a recuperação do consumo e do investimento e,
finalmente, a recuperação do mercado de trabalho”, garantiu. “No fim do
processo, vamos voltar a ter o país crescendo de acordo com seu potencial”,
acrescentou.
Meirelles citou diversos dados para demonstrar o início
do processo de recuperação da economia brasileira, como a redução do prêmio de
risco do país e das previsões do mercado para inflação, taxas de juros e
índices de confiança. “A economia está se recuperando de forma pronunciada”,
completou.
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