FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Os dados foram divulgados pela organização não
governamental (ONG) Prematuridade.com
O
Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial de prematuridade com cerca de 300
mil bebês prematuros por ano – 11,7% do total de nascimentos no país.
A
maioria dos casos decorre de gestações na adolescência ou tardias, pré-natal
deficitário e doenças maternas. Os dados foram divulgados pela organização não
governamental (ONG) Prematuridade.com.
De
acordo com a entidade, o nascimento prematuro figura como a principal causa de
mortalidade infantil até 5 anos de idade em todo o mundo. No Brasil, os números
revelam que, a cada 30 segundos, um bebê morre em consequência do parto
antecipado. “O nascimento de um prematuro deixa sequelas psicológicas
permanentes para os pais e pode acarretar sequelas de saúde para os bebês”,
destacou a ONG.
Diante
do cenário, a Prematuridade.com. prepara hoje (16) uma série de ações no
Congresso Nacional na tentativa de instituir formalmente a data como Dia
Nacional da Prematuridade.
A
proposta é sensibilizar parlamentares para a criação do Novembro Roxo, campanha
reconhecida internacionalmente na prevenção à prematuridade, mas ainda sem
representatividade no Brasil.
Parto prematuro.
A ONG
lembra que é considerado parto prematuro aquele que acontece antes de 37
semanas de gestação. “Acontece que nem sempre a prematuridade dá sinais de que
vai acontecer e ainda não se conhece todas as causas que levam ao parto
prematuro; em muitos casos, não se consegue associá-la a uma causa específica”,
alertou.
Estão
em maior risco para trabalho de parto prematuro as mulheres que já passaram por
um parto prematuro, que estão grávidas de gêmeos ou múltiplos ou com história
de problemas de colo do útero ou uterinos.
Além
disso, outros fatores podem levar ao parto prematuro: ausência de pré-natal,
fumo, álcool, drogas, estresse, infecções do trato urinário, sangramento
vaginal, diabetes, obesidade, baixo peso, pressão alta ou pré-eclâmpsia,
distúrbios de coagulação, algumas anomalias congênitas do bebê, gestações muito
próximas (período menor do que nove meses entre o nascimento do bebê e uma nova
gravidez), gravidez fruto de fertilização in vitro e idade menor de 17 anos e
acima de 35.
Sinais e sintomas.
Os
principais sintomas do parto prematuro são bolsa rota/ruptura prematura de
membrana, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da
placenta, placenta prévia, malformações uterinas, infecções uterinas e
malformações fetais.
Já os
sinais e sintomas do trabalho de parto prematuro incluem contrações a cada dez
minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar,
cólicas menstruais e cólica abdominal com ou sem diarreia.
Prevenção.
Entre
as medidas a serem tomadas para evitar que o bebê nasça antes do tempo estão:
-
Converse com seu ginecologista/obstetra antes mesmo de engravidar. Ele poderá
dar conselhos muito úteis para que você inicie a gravidez de maneira saudável e
evite um parto antes da hora
- Assim
que o resultado der positivo, avise seu médico imediatamente. Quanto antes o
pré-natal for iniciado, melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto
-
Revele ao médico o seu histórico de saúde. Doenças crônicas e reações alérgicas
que você já apresentou, histórico familiar, assim como o histórico de saúde do
pai do bebê
- Siga
as consultas e os exames do pré-natal rigorosamente
-
Esteja vigilante sobre sua pressão arterial e cheque-a sempre que achar
conveniente
-
Mantenha uma dieta equilibrada
-
Mantenha-se numa faixa de peso adequada. Converse com o obstetra e, se preciso,
faça acompanhamento com nutricionista
- Evite
bebidas alcoólicas: o álcool, durante a gestação, mesmo em doses muito
pequenas, pode ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo
mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de
desenvolvimento
- Não
fume. O fumo aumenta chances de parto prematuro, de o bebê nascer com baixo
peso e da morbimortalidade dos recém-nascidos
- Não
se auto-medique. Alguns remédios são altamente perigosos para as gestantes e
esses avisos, via de regra, estão escritos com letras pequenas nas bulas dos
medicamentos
-
Exercite-se. Se o seu médico autorizar e sempre com acompanhamento profissional
-
Mantenha seu calendário de vacinação atualizado. Converse com seu obstetra
sobre o assunto: algumas vacinas estão contraindicadas na gravidez e outras
necessitam reforço
- Não
se esqueça do ácido fólico e da vitamina B12. Eles vão garantir que seu bebê
não desenvolva malformações ou tenha danos no sistema nervoso. O consumo do
ácido fólico deve ser iniciado antes mesmo da concepção do bebê. Esses
nutrientes são facilmente encontrados em alimentos de origem animal (carnes,
laticínios, ovos) e em vegetais verde-escuros
-
Esteja alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais.
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