A violência contra mulher é uma
questão de saúde pública. Uma em cada
cinco mulheres já foi atacada pelo companheiro — um comportamento ligado ao
machismo e sua aceitação na sociedade.
Embora
em uma escala muito menor, essa postura pra lá de condenável também parece
afetar o sexo masculino. Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados
Unidos, mostraram que o machismo prejudica a saúde mental deles.
Segundo
o estudo, homens que se veem como “playboys” (termo usado pelos cientistas para
designar promiscuidade sexual) ou que buscam exercer poder sobre as mulheres
são mais propensos a ter problemas psicológicos, como depressão, do que os que fogem a esses estereótipos. O excesso de
autoconfiança também contribui para desajustes na cabeça.
Para
chegar a essas conclusões, os experts juntaram 78 pesquisas que totalizaram
mais de 19 mil participantes. E olha que os achados não acabam por aí: além de
apresentarem distúrbios com maior frequência, os machistas buscam menos ajuda.
“O machismo é uma injustiça social que abala as mulheres, mas também pode ter
um efeito prejudicial sobre a saúde mental daqueles que abraçam tais atitudes”,
afirma o psicólogo Joel Wong, um dos autores do estudo, em nota à imprensa.
Outra
pesquisa, publicada no periódico British
Medical Journal, descobriu que os homens que sentem estar abaixo dos
padrões esperados para um “macho” seriam mais predispostos à violência. Isso
significa que o comportamento abusivo é resultado da existência de padrões
sociais e preconceitos.
As
mulheres, claro, são as mais prejudicadas nesse processo. Em comparação com o
ano passado, o número de casos de violência sexual aumentou 123%, segundo dados
do Ligue 180, a central de atendimento à mulher da Secretaria de Políticas para
Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Entre os casos, destacam-se a
exploração sexual, o assédio e o estupro — o crime mais praticado entre eles.
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