sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

MAIS DE 110 MIL BRASILEIROS NÃO SABEM QUE TÊM O VÍRUS HIV...

FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
Levantamento mostra que a epidemia da Aids está estabilizada no Brasil, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes.
No Brasil, 112 mil pessoas vivem com o vírus HIV e não sabem. É o que mostra o novo Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado pelo Ministério da Saúde, ontem, como parte das atividades do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado hoje. O levantamento mostra que a epidemia da Aids está estabilizada no Brasil, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes, anualmente. Isso representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. 

Desde o início da epidemia, na década de 1980, até o final de 2015, foram registradas 827 mil pessoas que vivem com HIV/Aids. Desse total, 372 mil ainda não estão em tratamento, e, destas, 260 mil já sabem que estão infectadas, e outras 112 mil ignoram o fato. “Inserir essas pessoas nos serviços de saúde, por meio da testagem e do início imediato do tratamento, é a prioridade do ministério”, afirmou o ministro Ricardo Barros. 
Na Bahia, a fim de sensibilizar a população para a importância de prevenir contra a contaminação pelo HIV e impedir o avanço da Aids, foram elaboradas diversas programações para o dia de luta contra a doença. A primeira será a sessão especial na Câmara Municipal de Salvador com o tema “Impacto do HIV/Aids na população jovem e desafios nas respostas em Salvador”, às 9h de hoje. O encontro será no Plenário Cosme de Farias, programado pela Comissão Organizadora da Semana Vermelha 2016. 
Segundo o ministério, o índice de infecção tem crescido entre os homens mais jovens. Enquanto que em 2006, para cada  mulher contaminada havia 1,2 casos em homem, no ano passado essa relação saltou de um caso detectado entre as mulheres para cada três em homens.
Ainda na capital, às 16h, saindo do Cedap, no Garcia, será feita uma caminhada até o Campo Grande. Segundo a coordenadora de Agravos da Diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Maria Aparecida Rodrigues, desde 2005, 13 mil pessoas foram tratadas no Estado.
“Entre os dias 14, 15 e 16 estaremos treinando os profissionais de saúde para que busquem os pacientes testados pela rede pública, pois sabemos que o tratamento feito, mesmo quando o paciente não tem sintomas – ajuda a reduzir a carga viral, promove uma condição de vida melhor e reduz as chances de transmissão”, afirmou a coordenadora, segundo a qual tem havido atenção especial da pasta para os 30 municípios onde há uma detecção maior de HIV. Salvador lidera a lista. 

Amanhã ainda ocorrem outros dois eventos na capital sobre o tema HIV/Aids. Um é o Simpósio Aids e Prevenção, entre 8h30 e 12h, no auditório do CAS Professor José Maria de Magalhães Netto, na Avenida ACM. O outro é uma Roda de Conversa no auditório do Complexo Municipal de Vigilância da Saúde, na Avenida Vasco da Gama. 

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