FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
Insegurança em municípios que têm
entre 50 mil e 500 mil habitantes cresce.
De cada
100 pessoas que moram em cidades de porte médio, 44 foram vítimas ou tiveram
algum familiar vitimado por furtos, assaltos ou agressões nos últimos 12 meses.
O número cresceu desde 2011 e se igualou ao índice das grandes cidades, que
também é de 44%.
Em
2011, o percentual de pessoas que dizia que alguém da família havia sofrido
violência era de 31% nas cidades com população entre 50 mil e 500 mil
habitantes e de 39% nas que têm mais de 500 mil.
Os
dados foram levantados pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI) em pesquisa com 2.002 pessoas de 141 municípios entre os dias 1 e 4
de dezembro de 2016.
Para a
indústria, o aumento da violência representa mais gastos com segurança privada
e mais perdas financeiras com roubos de carga. O efeito é direto no caixa das
empresas. "Isso reduz a produtividade do país, pois recursos produtivos
são desviados para garantir a segurança ou são simplesmente perdidos com roubo
e vandalismo. Há ainda a preocupação com a segurança do trabalhador, que tem
sua produtividade reduzida pela preocupação com a falta de segurança e os
cuidados para minimizar o risco de ser vítima de algum crime", afirma o
gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Quando
se expande a pergunta para descobrir que parcela da população passou por
situações de insegurança nos últimos 12 meses, o percentual também é
praticamente o mesmo na cidades de médio (84%) e grande porte (86%).
Dentro
dessas situações estão presenciar um tiroteio, ver o uso de drogas na rua, a
polícia prendendo alguém, alguém sendo agredido ou assaltado ou vítima de crime
de ódio ou sofrendo assédio sexual.
O risco
da violência faz com que os moradores das cidades médias mudem seus hábitos.
Dos entrevistados, 71% disseram ter aumentado o cuidado ao sair e entrar em
casa, no trabalho ou na escola. Evitar andar com dinheiro foi apontado por 63%
das pessoas e evitar sair à noite, por 56%.
A
população também reforçou o cuidado com a segurança pública: 49% das pessoas
colocaram alarmes, grades, cadeados ou trancas em suas residências e 13%
contrataram seguro contra roubo e furto.
Nos municípios pequenos, com menos de 50 mil moradores, houve aumento na
insegurança, mas a violência ainda é bem menor. Um total de 28% das pessoas
disseram ter sido vítima ou que alguém da família foi vitimada pela violência,
contra 21% registrados em 2011.
De cada
100 pessoas, 70 presenciaram situação de insegurança. Em função da menor
exposição à violência, também é menor o número dos que disseram ter mudado
hábitos.
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