Dor, sangramento e
incômodo durante a relação sexual. Todos esses sintomas são causados por uma
doença que atinge quase 6,5 milhões de mulheres no Brasil: a endometriose. Segundo a Associação
Brasileira de Endometriose, o problema afeta de 10% a 15% das mulheres em idade
fértil (12 a 45 anos).
Hoje essa doença é
tratada com medicamentos, terapia hormonal, cirurgia ou até mesmo a retirada do
útero. No entanto, cientistas americanos mostraram resultados promissores, que
podem levar esperança às pessoas que sofrem com a condição. O estudo foi publicado na
revista Stem Cell Reports. A equipe criou um útero danificado, por
meio de células-tronco não saudáveis e as reprogramaram para serem saudáveis.
Os pesquisadores
descobriram que as células endometriais defeituosas das mulheres podem
eventualmente ser substituídas por células normais, que se reproduzem e
respondem adequadamente à progesterona.
O estudo é o primeiro
de seu tipo a mostrar que as células-tronco retiradas da própria mulher podem
ser usadas dessa maneira. Esse tipo de
"auto-transplante" é benéfico porque, ao contrário dos transplantes
normais, não corre o risco de ser rejeitado pelo sistema imunológico do
paciente.
Embora o transplante em
si ainda esteja longe de ser feito, os autores da pesquisa disseram que as
descobertas abrem porta para o tratamento. "Essas mulheres com
endometriose começam a sofrer da doença em uma idade muito precoce, então
acabamos vendo garotas do ensino médio ficando viciado em opióides, o que
destrói totalmente o seu potencial acadêmico e vida social", disse
Serdar Bulun, um dos autores.
O que é endometriose?
A endometriose é uma
condição no qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, é
encontrado em áreas fora do órgão, como os ovários e trompas.
Ocorre em algumas
mulheres porque as células do endométrio não respondem corretamente ao hormônio
de implantação (progesterona) que as impede de se movimentar.
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