Poderão ser
comercializados suplementos alimentares com fins medicinais, cosméticos,
bebidas e matérias-primas.
As autoridades de Saúde
do México liberaram na quarta-feira (21) o comércio de 38 produtos com
derivados da cannabis, como suplementos alimentares, bebidas e cosméticos, que
poderão ser vendidos em farmácias.
A governamental
Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) anunciou
que sete laboratórios, quatro deles mexicanos, dois americanos e um espanhol,
cumpriram os regulamentos para comercializar os produtos.
"Hoje é um dia
histórico para o México, agora temos a oportunidade de dar autorização para os
primeiros produtos", disse Julio Sánchez, diretor da Cofepris, em
entrevista coletiva
Poderão ser
comercializados suplementos alimentares com fins medicinais, cosméticos,
bebidas e matérias-primas, mas todos devem ter um conteúdo de menos de 1% de
tetraidrocanabinol, o principal agente psicoativo da cannabis, popularmente
conhecido como maconha.
A batalha para
legalizar o uso de medicamentos e produtos derivados da cannabis começou em
2015, quando os pais de Grace, uma menor mexicana que sofre de epilepsia,
conseguiram que um tribunal autorizasse a importação de um medicamento derivado
da maconha que contribuiu para melhorar sua saúde.
Em 2017, o Congresso
mexicano aprovou o uso medicinal da maconha, mas somente agora a Cofepris
emitiu a autorização, depois que o regulamento correspondente foi elaborado e
as aplicações para comercializar os produtos, analisadas. Das 43 apresentadas,
38 foram aceitas.
Em 6 de novembro, o
Morena, partido do presidente eleito Andrés Manuel López Obrador, apresentou
uma iniciativa de lei que busca legalizar o uso recreativo da maconha.
Essa iniciativa, que
deve ser aprovada desde que o Morena e seus aliados têm ampla maioria
legislativa, é apresentada como uma alternativa para conter a violência ligada
ao tráfico de drogas.
Mais de 200.000 pessoas
morreram violentamente no México desde dezembro de 2006, quando o governo
lançou uma controversa operação militar antidrogas, segundo dados oficiais que
não detalham quantos casos estariam ligados ao crime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário