Preocupação de muitas
mulheres, a estria é uma alteração cutânea bastante frequente, que costuma
aparecer principalmente na barriga, no bumbum, nos flancos, nas coxas e nos
seios.
O problema é ocasionado
pela distensão da pele, que gera ruptura das fibras elásticas da região
acometida. Surge geralmente durante o crescimento na adolescência, na
gravidez, devido ao ganho de peso ou uso de alguns medicamentos –situações
em que há estiramento abrupto da pele. A genética também tem um papel na sua
formação, explicando porque algumas pessoas desenvolvem mais estrias que
outras.
A diferença entre a
estria vermelha e a branca.
Há dois tipos de
estrias: as rubras (vermelhas) e as albas (brancas). As duas são ocasionadas
pelo mesmo motivo –distensão da pele –, e podemos dizer que as marcas brancas
são uma "evolução" das vermelhas.
Quando a lesão na pele
surge, ela está mais ativa e há mais inflamação local, por isso apresenta a cor
avermelhada ou violácea. Com o passar do tempo, a estria vai ganhando um
aspecto de cicatriz, esbranquiçada, e pode alargar. Vale lembrar que a condição
pode ser atrófica –causando pequenas depressões na superfície da pele — ou
elevadas.
Evoluem posteriormente
para lesões esbranquiçadas e podem alargar com o passar do tempo.
Como tratar?
Existem muitas opções
terapêuticas para a condição, e garantir uma boa hidratação da pele é
fundamental tanto para o tratamento quanto prevenção do problema,
especialmente em situações em que já se prevê o estiramento da derme, como na
gravidez.
Cremes à base de ácidos
prescritos pelo dermatologista, para uso tópico em casa, auxiliam na melhora do
aspecto dessas lesões. No consultório, há a opção de
tratamento com luz intensa pulsada (na fase avermelhada); e lasers fracionados
ablativos ou não ablativos (tanto para a estria vermelha quanto a branca).
Alguns tratamentos têm restrição para uso na gravidez, mas na consulta o
dermatologista irá avaliar quais as opções disponíveis para a gestante.
Na fase inicial, com as
estrias ainda avermelhadas, os tratamentos são mais eficazes,
por isso, ao notar o surgimento do problema, busque por um especialista!
Sobre a autora.
Adriana Vilarinho é
graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em
dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira
de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of
Dermatology.
Sobre o blog.
O que a gente chama de
beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos
bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca
orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas
que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre
baseadas na experiência médica.
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