O organismo feminino
impede que os espermatozóides mais fracos cheguem ao óvulo. A conclusão é de um
estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados
Unidos.
De acordo com os
cientistas, as evidências dessa "seleção feminina" foram descobertas
por meio de testes com modelos de pequena escala e simulações em computador,
que utilizaram espermatozoides de homens e touros para fazer as comparações -
no trajeto do colo do útero até o óvulo.
O estudo mostrou que os
"nadadores" mais fortes, chamados de estenoses, tinham mais chances
de atravessar pontos estreitos (como a pequena abertura do útero para as tubas
uterinas) e chegar ao alvo. Enquanto isso, os mais fracos acabaram pegos nas
correntes e empurrados para trás.
Para o químico e
principal autor do estudo, Alireza Abbaspourrad, isso demonstra que "o
efeito geral dessas restrições é evitar que os espermatozoides mais fracos
passem, além de selecionar espermatozoides com maior mobilidade".
"Se você olhar
para a anatomia do sistema reprodutivo em mamíferos, verá que as dimensões do
canal que leva ao óvulo não são constantes. Em alguns pontos é extremamente
estreito, para que apenas alguns espermatozoides passem, enquanto outros
falham", afirmou Abbaspourrad no estudo publicado na periódico
científico Science Advances.
Para o professor de
andrologia Allan Pacey, da Universidade de Sheffield, as conclusões fazem um
"perfeito sentido biológico e ajudaria a explicar como o sistema
reprodutivo feminino é capaz de garantir que os melhores espermatozoides
cheguem ao óvulo".
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