Escola de Samba Unidos
de Vila Maria disse não compactuar com manifestações políticas durante desfile.
A escola de samba de
São Paulo Unidos de Vila Maria impediu uma passista de desfilar este ano no
Sambódromo do Anhembi. O motivo: Érika Canela, de 27 anos, tem uma tatuagem do
presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A mulher contou que o
caso aconteceu após ela dar uma entrevista dizendo que mostraria a tatuagem na
avenida. “Fui muito discriminada por isso, me xingaram”, disse ao Yahoo. Ela
complementou: “Soube que a Liga das Escolas de Samba teria entrado em contato
com a Vila Maria, falando que eu não poderia desfilar. Aí a escola entrou em
contato comigo e resolvemos que não vou mais desfilar. Não quero prejudicar a
Vila Maria de forma alguma”.
Erika, que é integrante
da escola há três anos, diz ter sido vítima da “intolerância das pessoas”.
“Estou realmente triste com as pessoas que me criticaram e que causaram tudo
isso. É muita intolerância por conta de uma tatuagem”, comentou para o Yahoo.
O desenho foi feito
após a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018. A passista afirma que não
quer apagar a tatuagem e que no próximo ano deve voltar à avenida: “As pessoas
vão estar mais tolerantes e acostumadas com ele como presidente”, ela acredita.
A escola de samba
Unidos de Vila Maria confirmou o impedimento. Segundo a agremiação, nenhuma
manifestação política é compactuada durante o seu desfile. “A nossa Verde, Azul
e Branca zela pela alegria, irreverência e cidadania de seus componentes. Visto
que há mais de 16 anos oferece a sua comunidade diversos atendimentos sociais
que já beneficiaram mais de 160 mil pessoas carentes. Unidos de Vila Maria,
muito além do Carnaval”, afirmou para a imprensa.
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