Uma em cada cinco
mulheres e um em cada oito homens admitem que têm perdido tempo de sono por
causa do uso do smartphone. E quando se considera apenas jovens de 18 a 24
anos, a queixa chega a abranger 40% dos usuários, de acordo com um estudo
australiano.
Os pesquisadores, do
Centro de Pesquisa de Acidentes e Segurança no Trânsito de Queensland, ouviram
mais de 700 pessoas de 18 a 83 anos de idade para descobrir o quanto a
tecnologia tem interferido na vida diária, conceito que os especialistas
apelidaram de “tecnoferência”.
A primeira edição da
pesquisa foi feita em 2005 e, de lá para cá, a interferência deu um salto
preocupante: em relação à perda de sono, as reclamações aumentaram de 2,3% para
19,5% para as mulheres, e de 3,2% para 12% dos homens.
A tecnologia móvel
também foi apontada como um convite à procrastinação: 26% das mulheres e 16%
dos homens admitiram que há momentos em que usam o celular em vez de fazer algo
mais importante ou urgente. Em 2005, as taxas foram de 3,8% e 6,5%,
respectivamente.
Ao se considerar apenas
os jovens de 18 a 25 anos, a proporção de usuários que se deixa levar pelas
tentações do aparelho em vez de cumprir suas obrigações chegou a 51,4%.
A única boa notícia
observada no levantamento recente é que há menos gente desesperada por receber
contas de celular muito mais altas que o esperado. Em outras palavras, as
inovações tecnológicas dos últimos anos solucionaram um tipo de aflição ligada
à telefonia, mas, em compensação, trouxeram várias outras, como cansaço crônico
e abandono das responsabilidades. Como dizem os americanos, não existe almoço
grátis.
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