Resumo da notícia.
Diversos fatores podem
fazer com que uma pessoa atraia mais pernilongos do que outras
Pode ser desde a
microbiota da pele até mesmo a quantidade de CO2 que você emite
Entenda melhor o que
pode influenciar nesse problema.
De fato, algumas pessoas são mais atrativas para os mosquitos que outras.
Isso é explicado por um fator: os odores expelidos pelo corpo. Os insetos
hematófagos (que se alimentam de sangue) reconhecem o cheiro de suas
"presas" através das antenas. A diferença de cheiros de cada um
depende de diversos fatores:
Dióxido de carbono
(CO2): os mosquitos, assim como
outros insetos hematófagos, são atraídos pelo CO2 emitido durante a nossa
respiração. Consequentemente, pessoas que exalam mais CO2 geralmente são mais
atrativas. No entanto, não existem condições que façam uma pessoa exalar mais
CO2 do que outras (exceto a gravidez), então não dá para saber quem está mais
em risco.
Suor e temperatura
corporal: substâncias expelidas
durante a transpiração, tais como ácido lático, ácido úrico e amônia, são
atrativas para os mosquitos. Além disso, o aumento da temperatura corporal
durante exercícios físicos também pode atrair mais pernilongos.
Bactérias presentes na
pele: um estudo demonstrou que
pessoas com grande abundância e baixa diversidade de bactérias na pele são mais
atrativas para os mosquitos.
Cerveja: estudos encontraram uma relação entre o consumo de
cerveja e a atratividade aos mosquitos, sugerindo que pessoas que apreciam a
bebida deveriam estar mais atentas ao risco de exposição aos mosquitos.
Gestação: as mulheres em gestação são bastantes atrativas para
os mosquitos, simplesmente porque elas exalam mais CO2 e apresentam um aumento
da temperatura corporal.
Fatores genéticos: fatores genéticos estão provavelmente relacionados
a atratividade aos mosquitos, mas a base genética e os mecanismos envolvidos
precisam ser melhor elucidados. Alguns desses fatores estão relacionados à
regulação da produção de substâncias que atraem ou repelem mosquitos.
*** Fonte: Filipe Dantas-Torres, veterinário especialista em
parasitologia e pesquisador do Instituto Aggeu Magalhães, da Fiocruz (Fundação
Oswaldo Cruz); Reginaldo Peçanha Brazil, doutor em parasitologia pela
Universidade de Liverpool e pesquisador titular da Fiocruz no Rio de Janeiro.
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