A Associação de Clubes
Europeus (ECA, na sigla em inglês) teve mais uma assembleia geral na
terça-feira (26), em Amsterdã. E já há algum tempo os encontros da entidade têm
tido em pauta discussões sobre o futuro da Champions League. Dessa vez, não foi
diferente. E a novidade pode ser a criação de acesso e rebaixamento no torneio.
Após a reunião, o único
a falar algo para a imprensa foi Andrea Agnelli, presidente da ECA, além de
presidente e acionista majoritário da Juventus. "Seria lógico
internacionalmente. Seria um passo natural criar um novo formato com acessos e
rebaixamentos, como acontece nos campeonatos nacionais", disse o
dirigente.
Como a discussão está
ainda muito no início, ainda não se sabe qual seria esse formato e como ele
seria implantado. O que se sabe, no entanto, é que a probabilidade pode se
tornar realidade apenas para a temporada 2024/2025, quando a "Série
C" da Champions, que será oficialmente chamada de Europa League 2, entrará
em vigor.
Além da ideia de
introduzir acessos e rebaixamentos no torneio continental, outros dois assuntos
também permanecem em pauta nas reuniões, mas ainda sem definições. Um é o uso
dos finais de semana para jogos da Champions, ideia que é confrontada
fortemente pelas ligas nacionais. O outro é a possibilidade de reduzir o
tamanho justamente das ligas nacionais para relaxar um pouco mais o calendário
do futebol europeu.
"Nos próximos
meses, temos que permanecer comprometidos em chegar a acordos e negociações
para harmonizar o calendário entre as ligas. Temos que entender o quão aberta é
a Uefa e avaliar qual é a melhor decisão para os clubes e competições de todos
os países. Temos que trabalhar para encontrar uma solução que é melhor para o
ecossistema do futebol europeu", acrescentou Agnelli.
Por último, o que ficou
claro na reunião é o fato de muitos clubes serem contra o novo formato pensado
pela Fifa para o Mundial de Clubes. O motivo principal para a recusa dos clubes
europeus seria uma agenda já apertada demais para se inventar um torneio com
muito mais jogos e datas do que o formato atual. Nos bastidores, a informação
da imprensa europeia é que clubes como Real Madrid e Bayern de Munique lideram
a lista dos contrários à ideia da Fifa.
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