"Quando se trata
de relações amorosas, a 'intimidade de diálogo', inevitavelmente, deixa os
homens perdidos. Nesse regime, eles sofrem de uma deficiência de intimidade
crônica que necessita de reparos constantes.", diz a terapeuta de casais
belga Esther Perel.
Do homem é cobrado, a
vida inteira, ter atitudes, comportamentos e desejos considerados masculinos.
Qualquer variação no jeito de falar, andar ou sentir e sua virilidade é posta
em dúvida. A hegemonia da palavra falada passou a ser uma tendência feminina.
Como são socializados para agir, competir e ser destemidos, a capacidade de
expressar os sentimentos não é um atributo valorizado na formação da
masculinidade.
Muitos deles, ainda
submetidos à ideologia patriarcal, ou seja, machista, estabelecem no máximo
intimidade sexual com suas parceiras, nunca intimidade emocional. Para estes a
intimidade é vista como um sinal de fraqueza. Para outros, a intimidade é um
privilégio, um luxo afetivo a ser conquistado pouco a pouco.
A intimidade é acima de
tudo uma questão de comunicação emocional, com os outros e consigo mesmo, em um
contexto de igualdade interpessoal. Há um estudo americano em que 2/3 dos 200
homens entrevistados, não conseguiram citar um amigo íntimo. Com as mulheres o
resultado é diferente; 3/4 puderam facilmente citar um ou mais amigos íntimos,
e para elas era virtualmente sempre uma mulher.
** Este texto não
reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
Sobre
a autora.
Regina Navarro Lins é
psicanalista e escritora, autora de 12 livros sobre relacionamento amoroso e
sexual, entre eles o best seller “A Cama na Varanda”, “O Livro do Amor” e
"Novas Formas de Amar". Atende em consultório particular há 45 anos e
realiza palestras por todo o Brasil. É consultora e participante do programa
“Amor & Sexo”, da TV Globo, e apresenta o quadro semanal Sexo em Pauta, no
programa Em Pauta, da Globonews. Nasceu e vive no Rio de Janeiro.
Sobre
o blog.
A proposta deste espaço
interativo é estimular a reflexão sobre formas de viver o amor e o sexo, dando
uma contribuição para a mudança das mentalidades, pois acreditamos que, ao se
livrarem dos preconceitos, as pessoas vivem com mais satisfação.
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