São
Paulo – A pílula anticoncepcional para
homens está em desenvolvimento e venceu mais uma etapa: agora, uma nova versão
foi aprovada na primeira fase de um teste em humanos, que avaliou sua
tolerância e segurança no organismo.
O remédio, chamado
11-beta-MNTDC, casou mudanças hormonais que levariam à diminuição da produção
de esperma em 30 homens saudáveis que o tomaram durante 28 dias. Não foram
constatados severos efeitos colaterais, apenas dores de cabeça, fadiga e acne.
Mesmo a libido dos pacientes foi mantida, na maioria dos casos.
Segundo, a pesquisadora
sênior, Stephanie Page, MD, Ph.D., professora de medicina na Universidade de
Washington School of Medicine, o medicamento imita a testosterona, mas não tem
a concentrado necessária para a produção de espermatozóides.
Ainda faltam, porém,
testes do remédio com casais sexualmente ativos, o que comprovaria a eficácia
do medicamento.
O medicamento é visto
como um irmão do DMAU, outro contraceptivo masculino de via oral em fase de
testes, analisado pela mesma equipe de especialistas. O objetivo de trabalhar
com duas possibilidades de remédios para o mesmo fim é trazer avanços para esse
campo da Ciência.
A previsão de o
anticoncepcional masculino efetivamente existir, como hoje é o feminino, é para
daqui a dez anos, em 2029.
“Nossos resultados
sugerem que essa pílula, que combina duas atividades hormonais em uma,
diminuirá a produção de esperma ao mesmo tempo em que preserva a libido”,
afirmou, em nota, Christina Wang, pesquisador no centro de Pesquisa Biomédica
de Los Angeles e no Centro Médico de UCLA Harbor. “Uma contracepção hormonal
masculina reversível e deverá estar disponível em cerca de dez anos.”
A busca por uma
alternativa ao anticoncepcional feminino não é infundada. Evidências
científicas indicam que esse método pode provocar ganho de peso, maior risco de
depressão, mudanças repentinas de humor e redução da libido da mulher.
Nenhum comentário:
Postar um comentário