No Dia Mundial de
Combate à Tuberculose, lembrado ontem (24), a Organização Mundial da Saúde
(OMS) alerta que a doença mata, diariamente, quase 4.500 pessoas em todo o
planeta e permanece com o status de doença infecciosa mais mortal do mundo. Os
números mostram ainda que 30 mil pessoas são acometidas pela tuberculose todos
os dias.
De acordo com a OMS,
esforços globais para combater a doença salvaram 54 milhões de vidas desde o
ano 2000 e reduziram a mortalidade em 42%.
A campanha, este ano,
reforça a urgência de colocar em práticas compromissos assumidos por líderes
globais, como ampliar o acesso à prevenção e ao tratamento; garantir
financiamento sustentável, inclusive para pesquisas; e promover o fim do
estigma e da discriminação.
"Neste Dia Mundial
de Combate à Tuberculose, a OMS pede a governos, comunidades afetadas,
organizações da sociedade civil, prestadores de serviços de saúde e parceiros
nacionais e internacionais que unam forças", informou a Organização
Mundial da Saúde, destacando a importância de se garantir que "ninguém
seja deixado para trás".
Números
da doença no Brasil.
Em 2017, o Brasil
registrou 34,8 casos de tuberculose por 100 mil habitantes. Foram anotados
ainda 4.534 óbitos pela doença, resultando em um coeficiente de mortalidade de
2,2 mortes por 100 mil habitantes.
O país, de acordo com o
Ministério da Saúde, atingiu os chamados Objetivos do Milênio de combate à
tuberculose, que previam reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de
mortalidade da doença em 50% quando comparado aos resultados de 1990. Em 2018,
entretanto, houve 72,8 mil casos novos no país.
"Apesar de ter
avançado, o brasileiro deve ficar sempre alerta", destacou o ministério,
ao reforçar a importância de se começar o tratamento o quanto antes. A terapia
de combate à tuberculose está disponível gratuitamente em unidades públicas de
saúde e mantê-la até o final é essencial para atingir a cura da doença.
O
que é a tuberculose.
A tuberculose é uma
doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode
acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Embora seja uma doença
passível de ser prevenida, tratada e curada, ela ainda mata cerca de 4,7 mil
pessoas todos os anos no Brasil.
Os sinais e sintomas
mais frequentes incluem tosse seca ou com secreção por mais de três semanas,
podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração;
febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta de apetite;
emagrecimento acentuado; e rouquidão.
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