Trabalhar demais deixa
qualquer um estressado, mas um estudo britânico mostra que o impacto pode ser
ainda maior para as mulheres, que, por tradição, já acumulam mais tarefas em
casa.
Pesquisadores da
Universidade College London descobriram que mulheres que trabalham mais de 55
horas por semana são 7,3% mais propensas a apresentar sintomas depressivos em
relação às que têm jornadas de 35 a 40 horas semanais.
O trabalho contou com
dados de 11.215 trabalhadores do sexo masculino e 12.188 do sexo feminino do
Reino Unido, e foi publicado no periódico Journal of Epidemiology &
Community Health.
A relação entre as
horas a mais de trabalho e os sintomas depressivos não foi tão significativa
entre os homens, a não ser quando a jornada incluía fins de semana. Nesses
casos, ambos os sexos são afetados de forma parecida.
Os autores acreditam
que essa vulnerabilidade maior entre as mulheres que passam mais de dez horas
por dia no trabalho tenha a ver com as responsabilidades extras que elas
geralmente têm em casa.
Um outro estudo
divulgado no começo do ano, pelas universidades de Oklahoma e do Arizona, nos
EUA, chamou atenção para o chamado “trabalho invisível” executado por mulheres
que trabalham e são mães, como atender às necessidades emocionais dos filhos,
cuidar da agenda deles e fazer a interface com a escola.
Pesquisas, inclusive no
Brasil, mostram que ainda são elas que acumulam mais funções domésticas, embora
seja mais comum encontrar homens participativos hoje em dia. É importante que
as mulheres peçam ajuda, especialmente se tiverem sintomas como falta de
prazer, cansaço crônico e desesperança.
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