A doença faz com que as
células saudáveis do corpo sejam confundidas com invasores.
A
Esclerose Múltipla (EM) é uma condição que afeta o cérebro, os nervos
ópticos e a medula espinhal, causando inflamação e destruição da camada
protetora das fibras nervosas. Esta condição atinge pessoas de 20 a 40 anos e é
mais comum na população dos países nórdicos e nas mulheres. O histórico
familiar também aumenta as chances de aparecimento da doença.
A EM faz com que as
células saudáveis do corpo sejam confundidas com invasores, desta forma o
sistema imunológico age para eliminá-las. Apesar de ser uma doença autoimune e
sem cura, existem tratamentos para melhorar a rotina dos pacientes que
conviverão com os sintomas decorrentes desse problema por toda a vida.
Sintomas.
Os sintomas mais
comuns são disfunções sensoriais e motoras, tais como espasmos musculares,
fraqueza crônica e paralisia nas pernas, aparecendo em 40 e 39% dos casos,
respectivamente, além de visão turva, falta de equilíbrio e problemas
de cognição. Estes também podem variar, uma vez que nem todas as
pessoas apresentam os mesmos sintomas, o que dificulta o diagnóstico preciso
de forma rápida.
Já a espasticidade
(contração involuntária e excessiva dos músculos) é o problema mais comum
entre os diagnosticados com EM. No Brasil existem cerca de 35 mil
pessoas diagnosticadas com a doença, e 84% dessas poderão sofrer com
a espasticidade, o que acarreta em grandes reduções da mobilidade.
A EM tem efeitos
devastadores em todas as áreas da vida dos pacientes, principalmente por ser
uma doença agressiva que, em casos mais complexos, impede relações sociais e
tira a independência de quem é diagnosticado. Centros urbanos não adaptados e
uma sociedade não preparada para lidar com estas limitações dificultam ainda
mais a vida dos pacientes.
Tratamento.
A doença não tem
cura, no entanto, existem tratamentos que evitam a progressão da doença
por meio do controle das crises. Tudo é feito com acompanhamento constante
e varia em cada caso e estágio em que a enfermidade se encontra. Consultas
regulares ao médico neurologista é rotina frequente na vida dos pacientes.
Os tratamentos contra a
espasticidade incluem o uso de bloqueadores nervosos, toxina botulínica e
sedativos, sejam injetados diretamente no músculo ou por medicação oral. Os
pacientes que não demonstram estabilidade da espasticidade podem ser submetidos
à novos tratamentos.
No Brasil, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o primeiro medicamento à
base de canabinoides (derivado da Cannabis Sativa) contra
a espasticidade. Indicado como tratamento para melhoria dos sintomas de
pacientes adultos com espasticidade devido à esclerose múltipla que
não responderam adequadamente a outra medicação antiespástica.
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