FONTE: , Eduardo Nunes, https://www.msn.com/
A doença celíaca é uma desordem autoimune
grave, causada pela intolerância à ingestão de glúten,
principal proteína presente em cereais como trigo, aveia, centeio, cevada e
malte. De acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil
(FENACELBRA), sintomas como fortes dores e distensões abdominais, diarreia
crônica e anemia estão entre os que mais atingem, aproximadamente, dois milhões
de brasileiros, ainda que a maioria não tenha um diagnóstico conclusivo da
doença celíaca. O número de diagnósticos é ainda mais alarmante quando
analisado globalmente, pois são quase 800 milhões de celíacos em todo o mundo.
Portanto,
com o objetivo de conscientizar sobre esse quadro de saúde que cresce a cada
ano, tratamento, diagnóstico e consumo dos alimentos mais adequados pelos
portadores da doença, o mês de maio é considerado o Mês da Consciência Celíaca.
A data foi escolhida em homenagem ao dia de nascimento do Dr. Samuel Gee,
primeiro pesquisador a reconhecer que os sintomas da doença celíaca estavam
relacionados à presença do glúten na dieta.
Doença
celíaca, alergia ou intolerância ao glúten?
Um
dos conceitos mais importantes desse período é esclarecer a diferença entre a
doença celíaca, a alergia e a intolerância ao glúten, pois cada uma dessas condições apresenta sintomas e
níveis de gravidade diferentes.
A
doença celíaca é causada pelo próprio sistema imunológico da pessoa, quando
o glúten chega ao intestino, o corpo libera anticorpos que
atacam a parede do órgão. A inflamação causada por esse ataque leva a sintomas
como diarreia, anemia, osteoporose, flatulência excessiva, distensão e dor
abdominal. É preciso retirar o glúten da dieta para que esses sintomas não desencadeiem
doenças ainda mais graves como o câncer no intestino, linfoma e infertilidade.
Já a
alergia ao trigo, pode começar com sintomas leves, como coceiras, e evoluir
para um quadro mais severo com tosse, falta de ar, náusea, vômito e desmaio,
podendo levar à morte.
Quanto
à intolerância ao glúten, trata-se de um quadro mais leve dos celíacos, em que os
sintomas se assemelham a um desconforto. Nesses casos, muitas vezes o causador
não é o glúten e sim o trigo em geral. É preciso realizar exames e
estudos aprofundados para chegar ao diagnóstico.
Vale
destacar que independentemente dos sintomas apresentados, é preciso buscar
ajuda médica e realizar exames como de sangue e biópsia intestinal para que a
investigação seja conclusiva. Havendo alguma suspeita de reação ao glúten, o mais indicado é retirar, de imediato, o glúten e o trigo da dieta.
O
tratamento está na alimentação.
Por ser
uma doença sem cura ou tratamento específico, a não ser pela exclusão total
do glúten da dieta, uma das maiores dificuldades dos celíacos
é conviver com a dieta restritiva e os novos hábitos alimentares, que devem ser
seguidos por toda a vida. É preciso ainda ter atenção com a contaminação
cruzada, que pode acontecer durante a manipulação dos alimentos durante seu
preparo, armazenamento e transporte. Alguns objetos utilizados para o preparo
de alimentos podem ser fontes dessa contaminação, como esponjas, panos de
prato, talheres, óleo para fritura, entre outros. Portanto, tudo deve
ser muito bem organizado e separado.
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