FONTE: Da Redação , https://istoe.com.br/
Uma
mulher, de 46 anos, morreu no último sábado (01), após ter complicações por
causa de um procedimento estético para aumentar o bumbum em uma
clínica clandestina de Anápolis, em Goiás. Identificada como Ronilza
Johnson, a vítima estava internada no Hospital Municipal desde 27 de março.
Segundo
a investigação, o biomédico responsável pela intervenção se apresentou para
Ronilza como médico e contou com a ajuda de um estudante de medicina para fazer
as intervenções no bumbum, rosto e outras partes do corpo da vítima. Cynthia
Alves Costa, delegada responsável pela investigação, afirmou que os suspeitos
podem responder por lesão corporal seguida de morte, além de exercício ilegal
da medicina e falsidade ideológica.
De
acordo com Cynthia, o biomédico Lucas Santana utilizou polimetilmetacrilato
para fazer o preenchimento. O uso do produto, conhecido como PMMA, não é
indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para este procedimento.
Conforme
apurado pelo G1, o uso do polimetilmetacrilato causou infecções graves no corpo
da mulher, que depois necrosaram e viraram feridas. Depois de passar mal e
precisar procurar atendimento médico, Ronilza denunciou os suspeitos.
“O
procedimento foi feito de forma ilegal, o que já foi verificado. Ela passou mal
uma semana depois e vizinhos chamaram uma ambulância”, disse a delegada.
Na
última sexta-feira (30), as autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão
nas casas dos suspeitos e na clínica onde atuam. A polícia ainda esteve em
endereços domiciliares. Na casa do estudante que auxiliou Lucas no processo,
foram apreendidos inúmeros medicamentos, inclusive de procedência estrangeira,
de uso veterinário e receitas médicas em branco.
Já
a clínica onde Lucas atuava foi fechada pela Vigilância Sanitária por falta de
alvará de funcionamento. No local, a polícia apreendeu cadernos com anotações e
tubos utilizados para coleta e armazenamento de sangue.
Segundo o Conselho Regional de Biomedicina, o biomédico realizou um procedimento não autorizado pelo Conselho Federal de Biomedicina e, por isso, será aberto contra ele um processo ético, sem prejuízo da análise de processo criminal pelas autoridades policiais.
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