FONTE: Agência Brasil, CORREIO DA BAHIA.
O
anúncio foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em
visita a Londres.
O governo americano anunciou ontem (2) que vai começar a emitir vistos de cônjuge a casais de mesmo sexo,
igualando o processo ao que casais heterossexuais precisam se submeter. O
anúncio foi fetio pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em
visita a Londres.
"O que
essa regra significa exatamente é: se você é casado com um cidadão americano,
sua petição vai ser tratada igualmente [à de cônjuges em casais
heterossexuais]", disse Kerry. "Se você é cônjuge de um cidadão não
americano, seu visto será tratado igualmente."
O secretário
disse ainda que "se você estiver em um país que não reconhece o seu
casamento com alguém do mesmo sexo, a petição continuará sendo tratada
igualmente em cada um dos 222 centros de processamento de vistos em todo o
mundo".
Entretanto, ele
ressaltou que os casais precisam ter realizado o matrimônio em uma jurisdição
que permita essas uniões.
A decisão do
Departamento de Estado esclarece uma questão que ficou pouco clara após a decisão
histórica da Suprema Corte americana que derrubou a chamada Lei de Defesa do
Casamento (Doma, na sigla em inglês), assinada em 1996 pelo então presidente
Bill Clinton.
A lei proibia
expressamente o governo federal de reconhecer casamentos homossexuais, mesmo
aqueles realizados em jurisdições onde eles são legalizados. Essa parte da
legislação foi a que caiu sob a decisão do tribunal. Entretanto, não havia
ficado claro se a decisão também valeria para efeitos migratórios.
O Departamento
de Segurança Interna dos EUA já havia adaptado a legislação para permitir que
um cidadão americano ou residente permanente pudesse requerer um visto para seu
cônjuge estrangeiro, mesmo que este seja indocumentado.
"Hoje, o
Departamento de Estado, que sempre esteve à frente da igualdade no governo
federal, está derrubando uma barreira injusta que por muito tempo impediu
famílias de casais do mesmo sexo de viajar para os Estados Unidos", disse
Kerry.
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