FONTE: Fernanda Carpegiani, do UOL, em São Paulo (mulher.uol.com.br).
Sua filha quer passar
esmalte nas unhas e seu filho adora pentear o cabelo com gel. Mas será que tudo
bem usar esses produtos em crianças? Se forem específicos para a faixa etária e
aprovados pela Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária), a resposta
é sim.
Segundo a Gerência
Geral de Cosméticos da Anvisa, por serem destinados a um público mais sensível,
os cosméticos infantis apresentam limites de segurança mais rigorosos. Os
esmaltes de uso infantil, por exemplo, não podem conter solventes considerados
irritantes. Outro ponto são as advertências de rotulagem, que orientam os pais
quanto à aplicação dos cosméticos em crianças.
As recomendações
também valem para produtos de higiene, como sabonetes e xampus. Vale lembrar
que não é necessário passar hidratantes em bebês e crianças, a não ser em casos
de ressecamento extremo da pele ou doenças como dermatite. O perfume é outro
item que, além de ser dispensável, tem grandes chances de causar irritação na
pele.
Sempre que for usar
um produto em seu filho, é importante ler atentamente o rótulo para garantir
que não há substâncias tóxicas ou nocivas à saúde. "Até os dois anos, a
barreira da pele ainda não está perfeitamente desenvolvida, o que faz com que
as crianças absorvam mais os produtos do que deveriam", afirma a
dermatologista Selma Helene, membro da SBD (Sociedade Brasileira de
Dermatologia).
O
segredo é usar produtos menos agressivos, com ingredientes sabidamente seguros
para a criançada. "Tudo o que é feito para crianças é mais solúvel em
água, tem pouca gordura e uma quantidade mínima de conservantes, para não
irritar a pele sensível delas", afirma a dermatologista Suzy Rabello, do
Hospital Bandeirantes, em São Paulo. Além dos conservantes, há outros
componentes que oferecem riscos, como fragrâncias, corantes e óleos minerais.
Não existe uma idade
certa para começar a passar produtos para adultos, mas a recomendação é usar os
itens infantis até os 12 anos. Até os cinco são os pais que devem aplicar os
produtos. Depois disso, ainda assim é preciso supervisionar a aplicação.
Maquiagem de boneca, tatuagens de hena e cosméticos para adultos ou sem o selo
da Anvisa não devem ser usados em crianças.
As reações mais
comuns a produtos inadequados são irritações na pele, que se manifestam por
meio de manchas vermelhas, bolhas, descamações, lesões e coceiras. Outro perigo
é o que os especialistas chamam de absorção sistêmica, que afeta o organismo e
causa reações alérgicas tanto imediatas e passageiras quanto futuras e
permanentes.
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