quinta-feira, 14 de agosto de 2014

DEPRESSÃO AFETA CERCA DE UMA EM CADA DEZ PESSOAS, DIZ OMS...

FONTE: Rivânia Nascimento, TRIBUNA DA BAHIA.

O ator Robin Williams foi aviador, médico, gênio, babá, presidente, professor e fez muitas pessoas sorrirem e chorarem essa semana com a trágica morte por suicídio. O ator foi vitima da depressão, doença que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), representa atualmente a segunda maior  causa de prejuízo funcional no mundo. 

A doença afeta 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a OMS, e é mais prevalente entre mulheres. No Brasil, uma em cada dez pessoas sofre com o problema. Embora seja uma doença comum, o mal carrega estigmas que dificultam seu diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento adequado.

De acordo com  Fabiana Nery, médica psiquiatra e especialista em transtornos do humor, a depressão é uma doença  com sintomas,  intensidade e gravidade distintas.  Os sintomas apresentam alterações orgânicas e mentais. Entre os  mais frequentes  estão em primeiro lugar as alterações de humor, insônia, pensamentos negativos, falta de apetite, desanimo e tristeza profunda. A médica explica que nem sempre o paciente depressivo se dá conta que está doente. Por isso, nessa fase a família e os amigos são de extrema importância na melhora do paciente. 

O suicídio, como aconteceu com o ator, é o sintoma mais grave da doença, segundo a psiquiatra. “ A depressão é uma enfermidade multifatorial sistêmica, provoca alterações de várias substâncias corporais do organismo como o ganho de hormônios. A doença prejudica o organismo como um todo  da doença e deve ser visto com cautela pelos familiares”, orientou a especialista. 

Segundo a especialista a gravidade da doença, só pode ser avaliada por um especialista, no caso um psiquiatra que  ira avaliar a característica da doença de acordo com a história de vida de cada um. O tratamento é feito a base de psicoterapia e medicação psiquiátrica a exemplo dos antidepressivos e ansiolíticos. “ O tratamento medicamentoso associado a psicoterapia  é fundamental para melhora do paciente”, alertou a especialista.

Alterações químicas no cérebro.

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina) noradrenalina e, em menor proporção, dopamina, substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.

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