FONTE: Rivânia Nascimento, TRIBUNA DA BAHIA.
O ator Robin Williams foi aviador,
médico, gênio, babá,
presidente, professor e fez muitas
pessoas sorrirem e chorarem essa semana com a trágica morte por suicídio. O
ator foi vitima da depressão, doença que segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), representa atualmente a segunda maior causa de prejuízo funcional
no mundo.
A doença afeta 350 milhões de pessoas no
mundo, segundo a OMS, e é mais prevalente entre mulheres. No Brasil, uma em
cada dez pessoas sofre com o problema. Embora seja uma doença comum, o mal
carrega estigmas que dificultam seu diagnóstico precoce e a adesão ao
tratamento adequado.
De acordo com Fabiana Nery,
médica psiquiatra e especialista em transtornos do humor, a depressão é uma
doença com sintomas, intensidade e gravidade distintas. Os
sintomas apresentam alterações orgânicas e mentais. Entre os mais
frequentes estão em primeiro lugar as alterações de humor, insônia,
pensamentos negativos, falta de apetite, desanimo e tristeza profunda. A médica
explica que nem sempre o paciente
depressivo se dá conta que está doente. Por isso, nessa fase a família e os
amigos são de extrema importância na melhora do paciente.
O suicídio, como aconteceu com o
ator, é o sintoma mais grave da doença, segundo a psiquiatra. “ A depressão é
uma enfermidade multifatorial sistêmica, provoca alterações de várias
substâncias corporais do organismo como o ganho de hormônios. A doença
prejudica o organismo como um todo da doença e deve ser visto com cautela
pelos familiares”, orientou a especialista.
Segundo a especialista a gravidade da doença, só pode ser avaliada por um especialista, no caso um psiquiatra que ira avaliar a característica da doença de acordo com a história de vida de cada um. O tratamento é feito a base de psicoterapia e medicação psiquiátrica a exemplo dos antidepressivos e ansiolíticos. “ O tratamento medicamentoso associado a psicoterapia é fundamental para melhora do paciente”, alertou a especialista.
Alterações químicas no
cérebro.
A depressão é uma doença. Há uma série de
evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido,
principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina) noradrenalina e,
em menor proporção, dopamina, substâncias que transmitem impulsos nervosos
entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas
também estão envolvidos.
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