FONTE: Pedro Peduzzi - Repórter da
Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Uma em cada três vítimas de tráfico de pessoas
é criança, e duas delas são meninas. Do conjunto de vítimas desse tipo de
crime, praticado em pelo menos 152 países de origem e 124 países de destino,
70% são mulheres.
Até o momento, foram identificado mais de 510 fluxos de
tráfico ao redor do planeta, revela o Relatório Global 2014 sobre Tráfico de
Pessoas, divulgado nesta quinta (04.12) pelo Escritório das Nações Unidas sobre
Drogas e Crime (Unodc).
De acordo com o relatório, o tráfico de crianças aumentou 5% na comparação com o período entre 2007 e 2010. Em algumas regiões, como África e Oriente Médio, as crianças são as maiores vítimas do tráfico de pessoas. No Continente Africano e no Oriente Médio, elas representam 62% das vítimas de tal tipo de crime.
O tráfico para trabalhos forçados , que abrange, entre outros, setores como o industrial, o de trabalho doméstico e a produção têxtil, tem “aumentado continuamente” nos últimos cinco anos. Nesse grupo, as mulheres correspondem a 35% das vítimas. Segundo o documento do Unodc, os motivos para o tráfico de pessoas variam em função da região.
De acordo com o relatório, o tráfico de crianças aumentou 5% na comparação com o período entre 2007 e 2010. Em algumas regiões, como África e Oriente Médio, as crianças são as maiores vítimas do tráfico de pessoas. No Continente Africano e no Oriente Médio, elas representam 62% das vítimas de tal tipo de crime.
O tráfico para trabalhos forçados , que abrange, entre outros, setores como o industrial, o de trabalho doméstico e a produção têxtil, tem “aumentado continuamente” nos últimos cinco anos. Nesse grupo, as mulheres correspondem a 35% das vítimas. Segundo o documento do Unodc, os motivos para o tráfico de pessoas variam em função da região.
Na
Europa e na Ásia Central, a maioria das vítimas é traficada para exploração
sexual, enquanto na Ásia Ocidental e no Pacifico a motivação é a prestação de
trabalho forçado. No caso das Américas, foram detectados casos de exploração
sexual e de trabalho forçado em igual medida.
Apesar
de a maioria dos fluxos ser interregional, 60% das vítimas cruzaram pelo menos
uma fronteira nacional. Outra constatação do relatório é que 72% dos
traficantes condenados são homens com origem no país onde praticaram os crimes.
No
entanto, ressalta o Unodc, a impunidade continua sendo um “problema sério”, uma
vez que 40% dos países registraram “apenas alguma ou nenhuma condenação”, não
havendo,ao longo dos últimos dez anos, “aumento perceptível” na resposta da
justiça global a essa prática criminosa.
“Reduzir a vulnerabilidade, a exemplo do que tem sido feito
no Brasil, é um bom começo, mas, ao mesmo tempo, é necessário que, além de
reduzir miséria e pobreza, sejam apresentadas medidas legislativas mais
abrangentes”, disse o coordenador do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge
Chediek.
Para o Unodc, é preciso que os países adotem, e se comprometam a implementar, as medidas previstas pela Convenção de Palermo, promovida pelas Nações Unidas em 2000,, mas que entrou em vigor em 2003. As recomendações são focadas basicamente em três frentes de combate: persecução, visando à punição de tal prática, proteção para as vitimas e prevenção.
“No caso do Brasil, o que falta é tipificar de forma mais adequada o crime, o que acaba resultando em penas mais brandas para quem o pratica”, disse o representante do Unodc no Brasil, Rafael Franzini.
Para o Unodc, é preciso que os países adotem, e se comprometam a implementar, as medidas previstas pela Convenção de Palermo, promovida pelas Nações Unidas em 2000,, mas que entrou em vigor em 2003. As recomendações são focadas basicamente em três frentes de combate: persecução, visando à punição de tal prática, proteção para as vitimas e prevenção.
“No caso do Brasil, o que falta é tipificar de forma mais adequada o crime, o que acaba resultando em penas mais brandas para quem o pratica”, disse o representante do Unodc no Brasil, Rafael Franzini.
“Apesar
de, desde 2006, a legislação brasileira ter avançado e incluído também, ao lado
das mulheres, homens e crianças como vítimas, falta ainda classificar como
crime de tráfico de pessoas as práticas envolvendo trabalho forçado e os feitos
com o objetivo de fazer a remoção de órgãos”, informou Franzini.
Segundo
o Unodc, o crescimento econômico brasileiro fez com que o país passasse a ser,
além de origem, destino de vítimas de tráfico de pessoas. Das 241 pessoas
indiciadas por esse crime entre 2010 e 2012, 97 foram processadas e 33
condenadas.
Segundo
o Ministério das Relações Exteriores, entre 2005 e 2012, 483 pessoas foram
vítimas dessa prática. E, de acordo com o Unodc, as policiais rodoviários
contabilizaram 547 vítimas de trafico de pessoas para fins de trabalho escravo
e exploração sexual em 2012.
Nomeada embaixadora da Boa Vontade da Campanha Coração Azul
contra o Tráfico de Pessoas, a cantora Ivete Sangalo considera a denúncia a
“forma mais eficaz” de combater tráfico humano.
“Por meio da minha música e popularidade, sou instrumento e panfleto dessas ações. Nosshows consigo levar o conhecimento desses fatos a um grande número de pessoas. Precisamos estimular as pessoas a denunciar essa prática porque, definitivamente, a informação não apenas esclarece as pessoas, como também esclarece o crime”, afirmou a cantora.
“Por meio da minha música e popularidade, sou instrumento e panfleto dessas ações. Nosshows consigo levar o conhecimento desses fatos a um grande número de pessoas. Precisamos estimular as pessoas a denunciar essa prática porque, definitivamente, a informação não apenas esclarece as pessoas, como também esclarece o crime”, afirmou a cantora.
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